Um artigo que descreve o estudo é publicado no GigaScience. Seus autores principais são Glaucia Mendes Souza, professora titular do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (IQ-USP) e membro do comitê diretor do Programa de Pesquisa em Bioenergia da FAPESP (BIOEN-FAPESP), e Marie-Anne Van Sluys, professora titular do Instituto de Biociências da mesma universidade (IB-USP) e membro do Painel Adjunto de Ciências da Vida da FAPESP.
“É a primeira vez que todos os genes da planta de cana-de-açúcar, ou a grande maioria, são vistos. Em projetos anteriores de vários grupos de pesquisa, as sequências tiveram que ser colapsadas por falta de uma ferramenta de montagem adequada, então eram apenas uma aproximação “, disse Souza. “Esse conhecimento abre muitas possibilidades, desde aplicações em biotecnologia até aprimoramento genético e edição de genes [substituição ou eliminação de genes com funções específicas]”, completa Van Sluys.
Como os pesquisadores explicaram, os híbridos comerciais de cana-de-açúcar de hoje são criados há milhares de anos cruzando diferentes variedades de duas espécies (Saccharum officinarum e S. spontaneum) e possuem um genoma altamente complexo que compreende 10 bilhões de pares de bases em 100-130 cromossomos. Sequenciar o genoma não é tarefa fácil, exigindo um poder computacional substancial para reunir os fragmentos de DNA, mantendo os cromossomos homólogos separados.
Fonte: Agrolink Por Leonardo Gottems
Crédito: DP