Clima segue favorável para o plantio nas principais regiões brasileiras

Confira a nova análise do Especialista de Mercado da Grão Direto sobre às cotações da Bolsa de Chicago e os preços praticados no mercado para SOJA, MILHO e SORGO.

MILHO – O MERCADO NA ÚLTIMA SEMANA

Na semana passada, houve uma leve queda nos preços de milho em praticamente todas as regiões, influenciado pelo baixo interesse de compradores, que estão mais cautelosos com a negociação de grãos. Além disso, o clima favorável para o plantio nas principais regiões produtoras brasileiras também contribuiu com a queda nas cotações.

As exportações de milho no Brasil seguem em baixa, sendo que no mês de setembro de 2021 foi registrado apenas 2,86 milhões de toneladas de milho exportadas, contra 6,37 milhões em setembro de 2020, ou seja, uma queda de -55%. Os números chamam a atenção, pois provavelmente haverá mais estoques finais do grão, podendo impactar na redução do seu preço à médio prazo.

Por falar em exportação, a Bolsa de Chicago (CBOT), finalizou a semana negativa e acumulou uma baixa de -2,2%, fechando a 5,30 dólares por bushel. Apesar disso, os preços no mercado interno continuam mais altos e distintos do mercado externo.

Já o dólar, fechou a semana com alta de +2,8%, valendo R$5,52 e acumulando uma alta de 6,4% no ano. No geral, essa elevação de preço se deve a aceleração global da inflação, que reflete em expectativas de juros mais altas no exterior, tornando-os mais atrativos para o investidor estrangeiro, que retira o dinheiro (dólar) do Brasil.

As exportações poderão continuar em queda, mesmo com a alta recente do dólar, em função do período da colheita nos Estados Unidos. Pois, nesse momento, os compradores externos ficam totalmente atentos ao mercado norte americano.

O QUE ESPERAR DO MERCADO PARA ESSA SEMANA

Para esta semana, as cotações no mercado interno poderão continuar em queda em quase todas as regiões, com possível recuperação de preço em alguns lugares específicos. Os motivos da queda continuam sendo a falta de interesse dos compradores, devido ao avanço do plantio da safra 21/22 em várias regiões.

SOJA – O MERCADO NA ÚLTIMA SEMANA

A semana anterior foi de pouca movimentação, pois começou com queda já na segunda-feira (04), atingindo mínimas em relação aos últimos 9 meses. Isso ocorreu devido ao impacto gerado no mercado, através da divulgação do relatório do United States Departmento Agriculture (USDA), no dia 30 de setembro, e também pelo bom avanço da colheita americana.

Durante a semana o mercado foi se estabilizando, mas, mesmo assim, fechou levemente em queda de -0,4%, valendo 12,42 dólares por bushel. A paralisação da queda foi influenciada pelas altas do petróleo na semana (+1,5%), que impulsionou a alta do óleo de soja (+4,5%).

Nesse cenário de levíssima baixa na Bolsa de Chicago e alta do dólar, os preços da soja disponível e de 2022 subiram, mesmo com redução de apostas do mercado externo em cultivar o grão brasileiro. Pois, nesse momento, a preferência tem sido pela soja norte americana, que está sendo colhida nesse período.

O QUE ESPERAR DO MERCADO PARA ESSA SEMANA

Para esta semana, o foco ainda segue sobre a expectativa de clima para o plantio brasileiro, com as chuvas começando a chegar de forma mais intensa e bem distribuída em várias regiões produtoras. Assim, oferecerá boas condições para o início da safra.

A colheita nos Estados Unidos também continuará no radar, em função dos sinais de demanda chinesa pela soja do país. Nesta quarta-feira, o mercado aguarda pelo relatório de Oferta e Demanda de outubro do USDA, que poderá trazer novidades importantes. Com isso, o movimento de baixa poderá permanecer, caso traga números positivos, ou diminuirá, caso apresente números menores que a expectativa de mercado.

Fonte: Grão Direto