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2019 – Alguém aperte o OFF, por favor

Por Fabélia Oliveira*
Ainda não temos 45 dias do novo ano e já vivemos tanta coisa que parece que está prestes do fim ou já chegou ao fim para tanta gente, tantas família, tantos sonhos.
É comum nos depararmos com tragédias no réveillon ou logo nos dois primeiros dias do ano novo, sejam os deslizamentos, as cheias ou os acidentes automobilísticos que ceifam vida de modo abrupto e nos deixam abalados, mas este não, neste está tudo muito intenso.
Já vimos a tragédia de Brumadinho que reativou em muita gente uma ferida que ainda não estava completamente cicatrizada (a de Mariana), antes que essa fosse amenizada vimos o Ninho do Urubu que mexeu com o mais duro dos corações ao vermos os sonhos serem, literalmente, queimados.
Ontem fomos surpreendidos com a saída de Ricardo Boecheat. Essa é a primeira vez, ao menos que eu me lembre, de um jornalista ou âncora ou colunista deixar a bancada no meio do jornal, sem ao menos dizer boa noite ou anunciar a próxima matéria. Ele deixou tudo em tela preta.
Mas não foi só isso não. No setor político já vimos nesse ano, o ex-presidente, condenado por corrupção dobrar a meta e ser condenado a mais quase 13 anos de cadeia (pra nós que torcemos pela justiça um alívio, mas há de convir que aos seus fanáticos foi mais uma pancada dentro do ano).
Nosso querido presidente já teve que se afastar para um procedimento cirúrgico que seria relativamente simples e está há duas semanas hospitalizado (segue em plena recuperação, mas exige cuidados) e tudo isso por causa de uma tentativa de homicídio praticada por um grupo que não tinha o menor interesse em sua eleição e na colocação, do país, nos eixos do trilho.
No setor agropecuário estamos acompanhando a novela do Funrural que não se desenrola. Os produtores de arroz e café que vivem dias difíceis e como se não bastasse a “crise do leite” chegou ao fim uma lei antidupping que prejudica o produtor rural (ainda meio confusa).
Já vimos nesse ano os produtores perderem produtividade, seja na agricultura ou na pecuária, por falta de chuva e por excesso dela. No Sul do país houve perdas ainda não calculadas numa região em que produtores já não sabiam como driblar os problemas…
E assim estamos seguindo com o ano de 2019 numa arrancada parece que ainda não vista. O brasileiro estava numa situação tão inerte que com a mudança de governo promovida na maioria dos estados e na União parece ter tirado a terra do eixo.
Seguimos em frente. Não sabemos onde vamos parar mas descobrimos que não podemos nos acomodar ou esperar que os resultados ocorram sem nossos esforços ou movimentações. Precisamos continuar sacudindo, afinal quando se começa uma faxina em um ambiente muito sujo, logo no início a visão é de bagunça maior ainda, mas em seguida, quando os armários estão limpos, toda a louça lavada e recolocada, as roupas caprichosamente dobradas em seus devidos lugares, o aroma das flores e a beleza do jardim se destacam.
* Fabélia Oliveira é comunicadora há quase 30 anos e comanda diariamente o programa Sucesso no Campo, pela TV Climatempo

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