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Em defesa da racionalidade

A segurança dos organismos geneticamente modificados (OGM) sejam eles alimentos ou fibras, flores ou frutas, já foi exaustivamente comprovada. Cientistas, mundo afora, a comprovaram por meio de estudos conduzidos em laboratório e a campo. Mesmo assim, não parece que esse esforço tenha valido a pena e convencido algumas organizações da nossa sociedade, as quais parecem desconhecer o que são os OGMs, ou preferem ignorá-los por ideologia ou por teimosia e insistem em divulgar notícias que condenam os transgênicos pelos seus efeitos potencialmente maléficos à saúde de humanos, animais ou ao meio ambiente e assustam potenciais consumidores menos esclarecidos.

Os produtos transgênicos são uma conquista sem volta da ciência, dados os benefícios inquestionáveis que trouxeram e trazem à produção de alimentos e de medicamentos, comprovados por milhões de consumidores, mundo afora. Impossível ignorá-los. Só a área utilizada para a produção de grãos transgênicos já supera os 180 milhões de hectares.

Além das manifestações frequentes dos biotecnologistas veiculadas pela mídia a favor do consumo de produtos geneticamente modificados, em 30 de junho de 2016, foi a vez de 110 ganhadores do Prêmio Nobel, reunidos na capital dos Estados Unidos, repetirem o gesto a favor dos produtos transgênicos, pedindo a organizações como o Greenpeace e assemelhados, que parem com a intolerância contra a biotecnologia, por meio de cujas ferramentas são desenvolvidos os OGMs. Com a assinatura dos 110 laureados, foi divulgado um documento criticando a posição irracional dos extremistas e pedindo que reconheçam os pareceres da comunidade científica e abandonem a campanha contra os OGMs, considerada danosa e anticientífica.

O manifesto reforça o que a comunidade científica e as agências reguladoras têm reconhecido repetidamente:  que os alimentos melhorados pela biotecnologia são tão seguros quanto os desenvolvidos por meios convencionais. “Ao longo de 20 anos de adoção e consumo global de transgênicos, período em que esses produtos foram rigorosamente testados e aprovados, jamais houve registro de qualquer prejuízo que esses alimentos tenham causado à saúde humana, animal ou ao meio ambiente”, declarou a Diretora executiva do Conselho de Informações sobre Biotecnologia do Brasil.

Talvez tenha chegado o momento para que os incrédulos ou mal intencionados manifestem seus verdadeiros motivos para insistirem com a bandeira da irracionalidade e reconhecer que o tempo é a testemunha da sanidade dos OGMs.

Amélio Dall’Agnol

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