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INFORMAR O CEPEA. O QUE GANHO COM ISSO? TRANSPARÊNCIA!

Por Shirley Martins Menezes*
Agentes que participam do mercado físico pecuário e que são cadastrados como colaboradores do Cepea têm acesso exclusivo a um extenso conteúdo, de atualização frequente, disponibilizado em diferentes formatos e plataformas. Com base nessas informações fornecidas pelo Cepea, são realizados negócios de naturezas distintas, que envolvem tanto a comercialização de produtos pecuários como abordagens de quesitos que nem sempre estão diretamente relacionados à essa área.

No entanto, o ganho maior de quem informa voluntariamente sobre seus negócios realizados ao Cepea não está propriamente no uso individual e específico das informações disponibilizadas pelo Centro, e, sim, nos resultados sistêmicos possíveis de serem obtidos num mercado mais transparente.

Ao longo dos anos, uma série de ações tem sido estabelecida pelo Cepea, no intuito de obter melhorias do processo de elaboração das informações do setor pecuário, como a implementação de ferramentas voltadas à etapa inicial desse processo, mecanismos que visam esclarecer o nível de comprometimento dos envolvidos na elaboração das médias, aprimoramentos metodológicos, canal exclusivo para atendimento ao público (SAC), dentre outros.

Além dos canais tradicionais para captação de negócios, pecuaristas, escritórios de comercialização e frigoríficos dispõem, atualmente, de meios eletrônicos, sigilosos e seguros que facilitam a transferência de dados detalhados para a base do Cepea. Essas informações, por sua vez, compõem a amostra para cálculo das médias dos diferentes produtos.

Negócios de reposição e para abate podem ser informados por pecuaristas via aplicativo do celular, o que permite o levantamento de dados do produtor mesmo durante a execução das suas atividades diárias na fazenda. Frigoríficos e escritórios, por sua vez, têm opção de encaminhar as efetivações ao Cepea em formato eletrônico. O Centro de Pesquisas se propõe, inclusive, a trabalhar na integração de sistemas para transmissão de dados, facilitando – também para a indústria – a tarefa de informar o Cepea.

A oficialização de um Código de Conduta evidencia a participação – dos profissionais do Centro de Pesquisas e de agentes colaboradores – pautada em princípios orientados por conduta ética.

Já no tocante às melhorias metodológicas, destaca-se o recente ajuste de critérios estatísticos para elaboração do Indicador do boi gordo ESALQ/B3, trazendo verificações que envolvem, por exemplo, o tratamento da concentração de amostra e a adequação de limites críticos, de acordo com o movimento do mercado. Revisões periódicas das metodologias passam a ser programadas, promovendo a discussão com parceiros e com próprio setor pecuário para busca de adequações necessárias.

O reinício do processo de elaboração de informações de qualidade, contudo, acontece, diariamente, com a participação colaborativa e comprometida de cada agente de mercado. Num ciclo de evolução constante que resulta no amadurecimento de todo o setor, as informações de qualidade geradas produzem resultados favoráveis que se estendem no âmbito de toda cadeia, alcançando cada elo, cada agente, e, num movimento sinérgico, promove ganhos para toda a sociedade.
*Shirley Martins Menezes – mestra e pesquisadora do Cepea
Artigo originalmente publicado em 21/05/2019

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