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Novas fronteiras do agronegócio brasileiro

Se no ano passado, o Brasil já caminhava para um novo posicionamento no mercado internacional, em 2016 a busca por novas parcerias comerciais e ampliação de mercados se intensificou ainda mais. De janeiro a setembro, mais de 15 acordos foram confirmados, principalmente no setor de carnes. Um deles é o novo acordo com os Estados Unidos (EUA), um dos mais relevantes para o setor agropecuário – que possibilitará exportar carne bovina in natura para o país norte-americano.

No mercado externo, uma das marcas registradas do Brasil é a força do agronegócio, que torna o país um dos líderes na produção e exportação de produtos agrícolas. Nesse novo panorama comercial, as oportunidades de novos negócios para empresas do setor e exportadores tendem a crescer, e muito. Isso porque ao longo dos anos, o agronegócio brasileiro vem construindo uma boa imagem dos nossos produtos, lá fora. Com certeza isso só melhora nossa credibilidade e a capacidade de atender a alta demanda desses países, que também cresceu.

Com os novos acordos, as possibilidades de expandir o nosso mercado consumidor aumentam, porém, isso só se concretizará se de fato houver também uma nova postura comercial, uma preparação para atender esses mercados, que em sua maioria são mais exigentes. A exemplo, a adesão de técnicas sustentáveis na produção, que sejam capazes de reduzir danos ao meio ambiente, considerada um dos critérios para exportar para países europeus e deve ser um padrão seguido por outros países.

Além dessas adaptações técnicas, os gestores precisam realmente ampliar a sua visão de negócios, ultrapassando as fronteiras do mercado nacional. Embora o Brasil esteja no topo do ranking de exportação agrícola, a parcela de exportadores ainda é muito pequena diante da capacidade que temos. Quanto mais exportadores, maiores as chances de ampliar o alcance dos nossos produtos agrícolas.

Com o mercado interno caminhando em um ritmo mais lento, exportar pode ser extremamente vantajoso, principalmente no fator econômico. Só as exportações de carne bovina in natura para os EUA poderão movimentar cerca de US$ 900 milhões por ano. Os acordos comerciais abrem espaço para novas oportunidades, mas só seremos competitivos se houver uma atuação em conjunto para alavancar o desempenho do setor. Portanto, o momento de nos posicionarmos para alcançarmos novos patamares comercias e econômicos para o agronegócio brasileiro é agora.

Por: Paulo Henrique B. Farias é engenheiro agrônomo e especialista em Comércio Exterior.

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