O hábito do cachimbo…..

Por Gil Reis*

Eis que chega um novo ano e talvez seja a hora de nos reciclarmos.

Sempre lembrando que opinião é como o nariz, todos as têm, inclusive, eu e a exponho através dos meus artigos.

Tenho acompanhado o comportamento da mídia, das pessoas em geral e acima de tudo os “mimimis” das comadres, todos muito preocupados mais com o que dizem o Presidente e seus filhos do que com as realizações do novo governo.

O que ouço constantemente é que o Presidente e os filhos falam muita coisa que não deveriam falar, o que me parece ser um comentário desprovido de qualquer análise mais séria, pergunto sempre – e daí? Por onde anda a “liberdade de expressão” tão cantada em prosa e verso?

A minha sempre saudosa mãe sempre me disse – “filho, o hábito do cachimbo deixa a boca torta”, a mim me parece que vivemos entre fumadores de cachimbo que ficaram com a boca torta.

Pela primeira vez na história deste maravilhoso país temos um Presidente fácil de ser analisado, interpretado e avaliado como “ser humano”.

Pela primeira vez temos um Presidente que não esconde o que pensa, sequer nas expressões faciais, diferentemente de alguns que demonstravam uma imagem usando a grande mídia, de homens sérios, comedidos e grandes estadistas quando na realidade eram completamente diferentes, discursavam uma coisa e realizavam outra, o que na área comportamental se diz – “a atitude esposada é uma e a atitude em uso é outra” – felizmente hoje temos um Presidente cuja as atitudes esposadas e em uso são as mesmas o que não o impede de algumas vezes errar e consertar como todos nós.

Dizem “o comportamento do Presidente não é politicamente correto”! Ei pessoal é verdade! A fase do “politicamente correto” já morreu, agora é a fase da sinceridade, da verdade, da coragem e da honestidade!

Creio que é chegada a hora de se exercer no Brasil o conceito revolucionário de Política, a união dos três poderes para trabalhar em defesa do bem comum e não de indivíduos ou grupos de indivíduos representados por estados ou partidos.

O comportamento dos cidadãos que não exercem politica partidária acredito que deve ser orientado no sentido de apoiar e eleger os mais afeitos ao exercício da politica partidária não pelo discurso bonito e sim pelo que possam ou façam de esforço para benefícios ao País e, via de consequência para as suas comunidades, o compromisso deve ser a partir de agora com sucesso do Brasil, pois, os resultados serão benéficos para todo o povo.

Essa mudança de comportamento é fácil? Claro que não, todos nós ficamos com a boca torta devido o uso do cachimbo, passamos muitos anos submetidos a “politica do morcego, morder e assoprar”. Passamos anos sendo seduzidos por discursos bonitos, atitudes politicamente corretas e sendo sugados em todos os sentidos, o pior que ficávamos extremamente satisfeitos com medidas que aparentemente eram tomadas em nosso benefício enquanto sugavam a nossa economia desviando-as para outros países, sugavam a nossa moral, a nossa tranquilidade, a nossa saúde e a nossa segurança.

Os tempos mudaram, o despertar foi doloroso e o povo foi às ruas clamar pelas mudanças, surgiu então alguém disposto a enfrentar o “status quo” implantado em nossa nação ao longo dos anos, alguém corajoso o suficiente para enfrentar a “maquina de moer brasileiros” – o elegemos.

As mudanças nunca são fáceis quando claras e indisfarçadas, os adversário se aproveitam deste fato, começam a tentar solapar as medidas tomadas para provocar as mudanças nem sempre agradáveis e muito traumáticas para aqueles acostumados a “mamar nas tetas da viúva”, locupletando-se do bem público como se apenas eles fossem os brasileiros de verdade.

Como um dos que lutam pela manutenção do sucesso do Agro brasileiro o recado é claro – não queremos ser agradados com discursos bonitos, seduções, com gestos e palavras agradáveis de ver e ouvir.

O que nós queremos realmente é a manutenção do sucesso do Agro como um dos sustentáculos da economia do Brasil, desejamos ainda, de todo o coração, que o atual governo possa promover o sucesso do empreendedorismo privado para que possa gerar empregos com salários dignos e o reconhecimento que o governo é um facilitador para que o povo e as empresas possam crescer e enriquecer gerando muita riqueza para o País.

Nunca é demais lembrar, caro Presidente, que a sua maior aproximação com o Agro se deu justamente na luta pela “extinção do injusto passivo do Funrural”, apesar da idade não sofro de “Alzheimer” e recordo perfeitamente que nós juntamente com você, ainda congressista, enfrentamos verdadeiras “batalhas campais” de argumentos no Plenário e nos corredores da Câmara, sendo contestados, confrontados e achincalhados por parlamentares que não aceitavam a nossa luta, o que até hoje não consigo entender como um parlamentar pode ser contrário à extinção do que eu denominei de a “mãe de todas as dívidas rurais”, não consigo perceber qual a razão de quererem sacrificar as “mãos que alimentam todo o Brasil e dão sustentação ao PIB”, não entendo porque querem matar a “galinha dos ovos de ouro”.

O auge da nossa luta, sua e nossa Presidente, se deu com o grande “Movimento Abril Verde e Amarelo” onde você discursou junto conosco na carroceria de um caminhão tentando mostrar ao STF o erro e as consequências de mudar de posição sobre a constitucionalidade do Funrural.

Diante de seus vários pronunciamentos que extinguiria o tal passivo, além de outras promessas em benefício do Brasil e sua gente, transformamos o movimento de abril de 2017 em “Movimento Brasil Verde e Amarelo” que lutou em todos os rincões de nossa Pátria pela sua eleição – vencemos com a força do Agro – até hoje o Movimento trabalha para a aprovação das mudanças que pedimos – as reformas!

Chegou ao final o primeiro ano de seu governo e continuamos aguardando pacientemente o cumprimento da promessa de “extinção do passivo injusto do Funrural”, alguns de nós já perderam suas propriedades e outros abandonaram atividade, tudo devido à atuação da PGFN no cumprimento de uma norma absolutamente injusta criada por “obra e graça do STF”, vale lembrar que em função do artigo 25 da Lei 13.606 (Lei do Refis do Funrural) as autoridades fiscais, ainda no processo administrativo, podem bloquear bens e contas bancárias dos “devedores”, o que tem sido usado com muita eficiência e eficácia .

Não queremos cobrar a sua promessa, apenas lembrá-lo que com o passar do tempo pouco restará para salvar e ensejando a revolta do Agro contra o Governo, é exatamente o que os inimigos querem – o fracasso da atual administração.

Insistimos, não queremos mais ser seduzidos por discursos fáceis, bonitos e enganadores, queremos a salvação do Agro, do Brasil e o sucesso das reformas, que chorem os inimigos da Democracia, ela é dolorosa para os desejam poder absoluto sobre o povo!

*Gil Reis é consultor do agronegócio