Controle da Doença Respiratória Bovina (DRB)

Um desafio global a ser superado para uma pecuária mais produtiva e competitiva

As doenças respiratórias são destaque entre os múltiplos fatores que ocasionam baixa produtividade do rebanho bovino. O complexo das doenças respiratórias dos bovinos (DRB) resulta de um desequilíbrio das defesas naturais do organismo contra fatores ambientais e de estresse, o que promove uma maior dificuldade de limpeza e proteção do aparelho respiratório do animal e o torna um ambiente propício para a proliferação de microrganismos e consequente produção de toxinas.

Essa complicada interação entre o animal, as condições ambientais em que ele se encontra, e os microrganismos patogênicos causadores da doença, faz da DRB um dos principais desafios a serem superados pela bovinocultura mundial, sobretudo nos sistemas intensivos de criação.

“A ocorrência da doença respiratória ainda nos primeiros meses de vida interfere diretamente no bem-estar do animal e no seu desempenho produtivo, retardando seu crescimento e o ganho de peso desejado”, explica João Rodrigues, gerente da linha de leite da Ceva Saúde Animal. “Independente do rebanho ser de leite ou de corte, a DRB é uma doença que chama a atenção do produtor, com potencial de atingir todo o rebanho se não houver um manejo sanitário adequado”, continua.

A DRB pode ser resultado de infecções viróticas e/ou bacterianas, sendo a invasão bacteriana do trato respiratório inferior (pulmões) de grande importância em função da letalidade e morbidade dessa infecção. A bactérias mais importantes na DRB são habitantes naturais das vias respiratórias superiores dos bovinos que, em condições normais, não determinam doença. Entretanto, quando os mecanismos de defesa naturais do trato respiratório são danificados, tais bactérias podem se multiplicar de maneira oportunista e seguir em direção aos pulmões, causando infecção com danos significativos ao tecido pulmonar. Dentre os fatores debilitantes do trato respiratório e que podem predispor a ocorrência da DRB bacteriana temos infecções virais, irritação por partículas sólidas (poeira, por exemplo) e gases irritantes (amônia, por exemplo). O estresse também contribui para o surgimento de surtos da DRB, já que ele debilita a imunidade geral do organismo.

Os sinais clínicos e sintomas na DRB variam de intensidade ou gravidade, podendo se manifestar em de forma leve até na forma de doença grave, com evolução fatal conforme o agente infecioso envolvido e as condições gerais e sanitárias do animal. A DRB também pode ser responsável por mortes súbitas, quando a evolução do quadro ocorre de maneira extremamente rápida. Nos bovinos jovens, a DRB junto às enterites e a tristeza parasitária, se apresenta como uma das principais causas de mortalidades. Da mesma forma, em bovinos de corte mantidos sob confinamento, a DRB tem grande destaque e é considerada uma das principais, se não a principal, enfermidade que pode acometer os animais.

Embora o Brasil possua o maior rebanho bovino comercial do mundo, a produção intensiva e terminação em confinamento ainda é um sistema em crescimento comparado a outros países. Entender sobre a doença, sua prevenção e tratamento possibilita que os pecuaristas evitem perdas financeiras significativas.

“Muitos fatores contribuem para a redução da incidência da DRB nos confinamentos, como o emprego de técnicas de pré-condicionamento do gado antes de entrar no sistema intensivo, estratégias nutricionais adequadas para evitar estresse nutricional que interfira negativamente na sua imunidade, vacinações contra os principais agentes infecciosos associados à DRB, e o tratamento rápido e adequado dos bovinos acometidos pela doença”, conta João. “Para este último fator, é importante termos em mente que além da infecção bacteriana propriamente, a reação inflamatória pulmonar determinada pela infecção costuma ser grave. Portanto a combinação de um potente anti-inflamatório não esteroidal (AINE) com baixos índices de reações indesejáveis junto a um antibiótico de amplo espectro e com baixas taxas de resistência bacteriana é o caminho ideal para o sucesso. Ciente disso, a Ceva trouxe para o mercado brasileiro o Zeleris®, uma exclusiva associação do antibiótico florfenicol com o AINE meloxicam, tratando a infecção de forma rápida e ao mesmo tempo atuando contra o processo inflamatório, febre e dor”, prossegue.

Uma intervenção ágil e eficiente contra a DRB ainda no seu início tem resultados expressivos na redução das perdas produtivas, além de atuar na manutenção do bem-estar do animal, o que favorece sua pronta recuperação e possibilita uma entrega produtiva no mesmo patamar que a de animais não acometidos.

Fonte: Assis Comunicação