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De olho no futuro: previsões de logística para 2022

Inteligência artificial, Gestão de Armazéns na Nuvem, Análise de dados e Conectividade 5G são algumas tecnologias que podem ajudar as empresas a driblar a crise

Por: James Barroso como diretor de Go To Market Latam

O mundo entra no terceiro ano da maior crise sanitária já vista, que trouxe sérias consequências para diferentes setores da sociedade, como as operações logísticas, que cada vez mais se mostram como uma preocupação global. A recente invasão realizada pela Rússia na Ucrânia, que desencadeou uma guerra entre os países, é capaz de agravar ainda mais a crise na cadeia de suprimento internacional, que se arrasta desde o início da pandemia. Isso porque, conforme o conflito se desenrola, empresas interrompem suas atividades na região, além de o preço do petróleo subir cada vez mais, visto que a Rússia é o terceiro país que mais produz petróleo no mundo.

As repercussões de desequilíbrios entre a oferta e demanda estão sendo sentidas em toda a cadeia de suprimentos, já que a disponibilidade e o aumento do custo de mão de obra, capacidade de frete, motoristas, chassis vazios e espaço para armazenamento estão sendo áreas bem  desafiadoras neste ano. Além disso, em função da guerra na Ucrânia, a oscilação de commodities e o desabastecimento estão impactando muito nas cadeias de suprimentos e volatilidade de preços, principalmente para o Brasil, que tem uma balança comercial baseada neste tipo de produto.

Essa situação pode provocar  no aumento do custo dos materiais, volatilidade da demanda, trazer uma escassez de matérias-primas e outras restrições de logística que devem trazer um cenário ainda mais desafiador. Dessa forma, a situação que é vista hoje de falta de contêineres, atrasos de navios e de congestionamento em portos deverá permanecer em 2022.

Por outro lado, a crise trouxe uma grande aceleração do digital e impulsionou as empresas a aumentar sua participação no mundo online. Portanto, para driblar esse desafio é necessário manter a operação logística com bom andamento, é indispensável que as empresas afetadas preparem planos de resposta a riscos para as cadeias de suprimentos que passam por fragilidade, além de diversificarem as fontes e rotas logísticas sempre que houver possibilidade.

Diante desse cenário, para aumentar a resiliência das cadeias de suprimentos à medida que as interrupções continuam crescendo, as organizações devem priorizar o investimento em tecnologia de ponta, uma das formas mais eficientes para driblar esse momento desafiador. Além disso, é indispensável que as empresas afetadas preparem planos de resposta a riscos para as cadeias de suprimentos que passam por fragilidade, além de diversificarem as fontes e rotas logísticas sempre que houver possibilidade.

A busca obstinada por custos mais baixos terá que ser substituída por novas metas para formas holísticas e multidimensionais, almejando obter maior visibilidade em questões como o progresso da cadeia de suprimentos e o monitoramento em tempo real do estoque em trânsito.

Até o final de 2022, a expectativa é de que mais de 176 milhões de pessoas na América Latina comprem serviços e produtos online, fazendo com que as vendas ultrapassem US $2,3 trilhões. Esses dados podem parecer animadores, mas para empresas que não possuem uma cadeia de suprimentos eficiente e disruptiva, os números se mostram cada vez mais desafiadores. Se olharmos para o futuro, é evidente que as empresas precisam fortalecer as cadeias de suprimentos, tornando-as cada vez mais resilientes — e existem tecnologias que podem ajudar com essa missão, entre as quais é possível citar:

  • Inteligência Artificial (IA): responsável por automatizar todas as atividades pertencentes a cadeia de suprimentos, permite melhorar a tomada de decisão dos líderes logísticos, ao mesmo tempo que permite a realização da convergência dos dados extraídos de sensores do chão de fábrica e do transporte para o varejo. A partir disso, é possível alcançar maior visibilidade para todos os colaboradores envolvidos na operação logística.
  • Internet das Coisas (IoT): é uma alternativa considerável para realizar a coleta e consolidação de dados em tempo real de ativos fixos e móveis. A partir dessa solução, é possível obter insights precisos sobre entrada e saída de produtos dos armazéns, o que colabora para elevar a eficiência da gestão do estoque com a mitigação de excedentes ou reposição dos itens que estão em falta. Na indústria, a adoção em massa de IoT vem impulsionando o crescimento do mercado de softwares de gerenciamento de estoque.
  • Análise de dados: fundamental para aprimorar o gerenciamento do estoque, a análise de dados é uma solução capaz de reduzir o tempo do processamento de pedidos pela metade, proporcionando uma maior agilidade e eficiência para a operação logística.
  • Conectividade 5G: em um mundo onde a comunicação e a conectividade se mostram como formas indispensáveis para alavancar qualquer negócio, é de suma importância conectar dispositivos móveis para transmitir dados ou insights valiosos. A vantagem de contar com esse tipo de solução, que é uma das inovações mais promissoras da indústria móvel, está  na possibilidade de tomar decisões baseadas em dados em tempo real.

A partir disso, é possível ver que mesmo com questões que desafiam as empresas e a cadeia de suprimentos, existem saídas para driblar as inconstâncias do cenário atual, sendo o investimento em tecnologia a principal alternativa para obter a expansão do negócio. A pandemia e a guerra na Ucrânia são acontecimentos que mostram que não podemos prever e nem prevenir algumas situações. O que pode-se fazer é tornar os efeitos de tais eventos na sociedade e no comércio global menos intensos, por meio da tecnologia e de outras inovações que surgem no mercado e que podem auxiliar até nos momentos mais desafiadores.

James Barroso diretor de Go To Market Latam*

Fonte: BRSA

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