Defensivos agrícolas:

Em reunião da ISO Internacional, IAC-Quepia mostra estudo inédito sobre similaridade de ‘pontas de pulverização’

Encontro ocorre hoje, 19 e reúne pesquisadores de seis países, voltados a estudos em torno da eficácia de vestimentas protetivas agrícolas; cabine, específica para simular condições de campo, foi desenvolvida em ação de caráter internacional que contou com a ativa participação do Brasil

O pesquisador científico e diretor do CEA – Centro de Engenharia e Automação -, do Instituto Agronômico (IAC), Hamilton Ramos, apresenta hoje, 19, em reunião da ISO Internacional, um estudo inédito, realizado no Brasil, sobre a similaridade de resultados das chamadas ‘pontas de pulverização’ utilizadas na norma ISO 17491-4 (segurança de vestimentas agrícolas), que podem ser fornecidas por diferentes fabricantes globais.

“As pontas de pulverização são essenciais à eficácia do teste, e sua similaridade tem impacto direto nas análises envolvendo a durabilidade e a capacidade protetiva de EPI ou vestimentas protetivas agrícolas quando analisadas pela ISO 17491-4”, esclarece Hamilton Ramos, coordenador do programa IAC-Quepia e diretor do CEA-IAC, localizado na paulista Jundiaí.

Conforme o pesquisador, questões relacionadas as pontas de pulverização, como a não-uniformidade na distribuição, foram levantadas internacionalmente pelo Brasil, em 2015. Desde então, revela ele, diferentes soluções aos problemas detectados vêm sendo estudadas globalmente. “Resultados de estudos considerados finais, que permitirão revisar a norma ISO 17491-4, serão apresentados pelo IAC-Quepia na reunião da ISO do dia 19”, adianta Ramos.

Cabine de ponta – De acordo com Ramos, para a complexa realização do estudo do IAC-Quepia, o programa investiu da construção de uma cabine, totalmente desenvolvida no Brasil e modificada ao longo de mais de dez anos de pesquisas específicas. O equipamento, instalado na sede do CEA-IAC, em Jundiaí (SP), permite simular a exposição do trabalhador a aplicações de defensivos agrícolas, sob diferentes condições técnicas.

“O equipamento conta com recursos para analisar desde a conformidade de pontas de pulverização, até a relação destas com eventuais contaminações transferidas por vestimentas protetivas agrícolas (EPI), empregadas no trabalho rural”, finaliza Ramos.

Uma iniciativa que une o CEA-IAC ao setor privado, o programa IAC-Quepia existe há mais de 15 anos e se apoia em uma estrutura tecnológica de última geração, instalada na sede do órgão – da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de SP. O programa também concede certificações de qualidade a fabricantes de EPI agrícolas aprovados em laboratório, com base em normas da ISO Internacional, através da emissão do Selo de Qualidade IAC-Quepia.

Fonte: Bureau de Ideias Associadas