Duas décadas a celebrar

A cidade de Goiânia, capital do Estado de Goiás, vai sediar o 12º Congresso Brasileiro do Algodão (CBA), entre os dias 27 e 29 de agosto de 2019. O evento é realizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), com apoio do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA). O tema “A cotonicultura como vitrine para a agricultura do amanhã” dá ideia do nível de excelência alcançado pela cultura.

O presidente da Abrapa e do 12º CBA, Milton Garbugio, acredita que o público presente será recorde, porque Goiânia fica no coração do cerrado, bioma que concentra a produção da pluma. A expectativa é receber em torno de 1,5 mil participantes. O evento é promovido a cada dois anos. Neste ano, a edição também vai coincidir com os 20 anos de criação da Abrapa.

Entre as novidades, o número de dias passou para três completos, sem prejudicar o conteúdo. A mudança foi feita para facilitar a logística do público. O congressista chega na manhã de terça-feira, para a abertura oficial, participa das plenárias e, à tarde, das salas temáticas. No fim do dia, na área de exposições, na arena de inovação, confere pitchings das startups. O formato se repete no dia seguinte. Na quinta-feira, a tarde é dedicada aos workshops e o 12º CBA termina nesse dia com uma atração musical especial, em comemoração aos 20 anos da Abrapa.

Dois nomes de peso, o economista Ricardo Amorim e o historiador Leandro Karnal, estão confirmados na programação. As duas atrações, com os famosos, ilustram o caráter multidisciplinar e atual do evento, que vai além dos temas técnicos e de mercado. “O congresso é como uma antena, que capta e dissemina as tendências. É feito por produtores, mas dentro de uma perspectiva macro, que passa pela economia, pelo marketing, pela criatividade e pela tecnologia, porque o mundo do algodão é tudo isso”, explica Garbugio.

Para celebrar a passagem dos 20 anos da Abrapa, o presidente antecipa que foram programadas muitas surpresas. “Será uma edição especial, que, para produtores, pesquisadores e técnicos presentes, terá um sentido importante. Vamos fazer um evento para ficar na memória da cotonicultura nacional”, declara.
TÉCNICA A teoria e a prática estão presentes na programação do congresso, através de oficinas temáticas e dos worshops. A comissão científica selecionou temas atuais e relevantes, que serão abordados sob uma perspectiva casada com a realidade. “Nos workshops, o participante poderá experimentar a aplicabilidade do assunto tratado, de uma forma atrativa e interessante”, revela o coordenador científico do CBA, Jean-Louis Belót, do Instituto Mato-Grossense do Algodão (IMAmt).

Em seu entender, a participação no congresso é importante para os agentes do setor, pois o País deve colher cerca de 2,8 milhões de toneladas de algodão em pluma e alcançar o segundo lugar do ranking mundial de exportações. “Na ocasião, serão debatidos os temas que hoje nos afetam diretamente, como escoamento, qualidade, rastreabilidade, sustentabilidade, ciência, tecnologia, marketing e muitos outros”, observa.

O Brasil, que já era um grande player, passa a ser também formador de preços no mercado mundial. “Chegamos bem longe e precisamos não apenas nos manter na vangarda como ganhar ainda mais espaço, porque oportunidades para isso existem”, conclui. Quase todos os espaços para expositores foram comercializados já no lançamento do evento, um ano antes, no final de agosto de 2018. “É a prova do sucesso e do amadurecimento do nosso congresso, ponto de encontro bianual de todos os elos da cadeia produtiva”, salienta Garbugio.

Fonte: Editora Gazeta