IATF aumenta quase 30%

IATF tem aumento de quase 30% no último ano

É o que diz estudo publicado pela USP; entenda como o uso de tecnologias pode favorecer o índice 

Um estudo realizado pelo Departamento de Reprodução Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ/USP) avalia, ano a ano, desde 2002, o desempenho do mercado de protocolos de sincronização para o emprego da inseminação artificial em tempo fixo (IATF) em bovinos.

Em seu último boletim, o estudo traz que houve em 2020 um crescimento de 29,7% do mercado de IATF em relação ao ano anterior. Aponta também que, no ano passado, foram comercializados 21.255.375 protocolos, comparados aos 16.382.488 em 2019. “Os dados apresentados indicam que 89,8% das inseminações no Brasil em 2020 foram realizadas por IATF, o que demonstra a consolidação dessa tecnologia na pecuária”, opina o médico-veterinário Rafael Moreira, Gerente de Produtos de Bovinos da Zoetis.

Ainda de acordo com o estudo, nos últimos três anos (de 2018 a 2020), verificou-se um aumento vigoroso na taxa de crescimento anual da IATF, o que foi indicado como uma nova onda de investimentos nessa tecnologia pelos produtores. “Tivemos um crescimento substancioso das exportações de carne nesse período, principalmente, no último ano. Para conseguirem atender a essa demanda, aumentando a produtividade e sendo mais eficientes, é preciso que os produtores invistam cada vez mais no uso de tecnologia em seu rebanho”, explica Moreira.

Isso Francis Maris Cruz, proprietário da Nelore Cometa, presente há 48 anos no Oeste do Mato Grosso, sabe bem. Com fazendas que trabalham todo o ciclo do animal – cria, recria e engorda –, o pecuarista reforça a importância da técnica para o desenvolvimento do setor. “A IATF nos ajuda muito na sincronização dos ciclos das vacas e dos partos. Isso facilita o manejo e favorece a mão de obra”, diz Cruz. “Há uns três anos, iniciamos também o trabalho de novilhas precoces, orientados pelos técnicos do GERAR, e obtivemos bons resultados com isso. Além de aumento da fertilidade do rebanho, tivemos incremento de produtividade. Tudo isso dentro da mesma área que ocupávamos”, completa.

Em relação à profissionalização no emprego da técnica nas propriedades, o documento estima que mais de 6.000 especialistas em reprodução animal prestam serviços na organização dos programas de IATF nas fazendas de corte e de leite no Brasil. “O número vem crescendo ano a ano, mas é preciso pontuar que atualmente não temos um volume adequado de médicos-veterinários capacitados para atender a uma demanda cada vez mais crescente. Há 15 anos, nós, da Zoetis, vimos investindo no fomento e no desenvolvimento da IATF por meio do Grupo GERAR (Grupo Especializado em Reprodução Aplicada ao Rebanho)”, reforça o especialista. “Ao longo de todos esses anos, o Grupo colheu, analisou mais de 8 milhões de dados e realizou treinamentos técnicos em todo o País”, acrescenta.

Uma das tecnologias presentes no protocolo Zoetis para IATF é CattleMaster Gold, vacina indicada para a prevenção da infecção fetal pelo vírus da diarreia viral bovina (BVDV) tipos 1 e 2, evitando o nascimento de bezerros persistentemente infectados. A vacina também é indicada para a prevenção de abortos causados pelo vírus da IBR (rinotraqueíte infecciosa bovina).

“Prevenir o nascimento de bezerros persistentemente infectados pelo vírus da diarreia viral bovina é de fundamental importância para a saúde do rebanho e também financeira de produtores de gado de leite e de corte”, avalia Moreira.

“Além de segura e eficaz, CattleMaster Gold proporciona maior proteção ao animal e ao feto, por conta da ação de seu adjuvante (Prezent A)”, destaca o especialista.

Fonte: Little George