Infocafé – 08/06

N.Y. finalizou a terça-feira em baixa, a posição julho oscilou entre a máxima de +1,80 pontos e mínima de -2,95 fechando com -2,45 pts.
O dólar fechou em alta de 0,02%, cotado a R$ 5,0339. “As atenções globais estão voltadas para a divulgação do Índice de Preços aos Consumidores dos EUA de maio, na quinta-feira, (que) poderá determinar o rumo da política monetária do Federal Reserve”, explicou em nota à Reuters Ricardo Gomes da Silva, superintendente da Correparti Corretora. Recentemente, temores sobre um superaquecimento da maior economia do mundo marcaram presença nos mercados globais, em meio a especulações de que um pico na inflação poderia levar o banco central norte-americano a apertar sua política monetária mais cedo do que o esperado. Embora várias autoridades do Fed tenham afirmado repetidas vezes que enxergam as pressões inflacionárias como temporárias, outras já começaram a reconhecer que estão mais próximas de um debate sobre quando retirar parte de seu nível de apoio à economia. O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed encerrará sua próxima reunião em 16 de junho. A data também contará com a decisão de juros do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil, com expectativa de elevação da taxa Selic a 4,25% ao ano, ante patamar atual de 3,5%. Um cenário doméstico de juros mais altos tende a favorecer o real, segundo especialistas, uma vez que torna investimentos locais atrelados à Selic mais atraentes para o investidor estrangeiro. Vários analistas têm apontado as perspectivas para os juros no Brasil e nos Estados Unidos como um fator de pressão para o dólar frente ao real, mas dados econômicos domésticos melhores do que o esperado também estão no radar, como o crescimento do PIB no 1º trimestre. Já nesta terça-feira, dados mostraram que as vendas no comércio varejista brasileiro cresceram bem mais do que o esperado em abril e tiveram maior alta em 21 anos para o mês, voltando a ficar acima do nível pré-pandemia. Nesse contexto, “o clima é de dólar para baixo”, disse à Reuters Vanei Nagem, responsável pela Mesa de Câmbio da Terra Investimentos. Segundo ele, agora as expectativas giram em torno do patamar de R$ 5. “Existe toda uma mística em volta dele; é uma marca psicológica. Mas fica a dúvida sobre se o dólar poderia romper esse patamar com força — e ir para níveis bem mais baixos — ou não.”
Fonte: Mellão Martini