A China vendeu na semana passada seu primeiro lote de açúcar de estoques estatais em cinco ano com um prêmio de 15 por cento sobre o preço mínimo estabelecido pelo governo, devido a uma forte demanda dos compradores, disseram duas fontes que participaram do leilão.

O herbário da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Herbário CEN) possui hoje cerca de 108 mil exsicatas (amostras de plantas secas) e é um dos mais representativos do Brasil no que se refere ao bioma Cerrado. Abriga também coleções crescentes de plantas nativas e parentes silvestres da Caatinga e da Amazônia, além de espécies de interesse econômico, incluindo gramíneas e leguminosas forrageiras, mandioca, amendoim, abacaxi, inhame, oleaginosas, ornamentais, medicinais, florestais e parentes silvestres de plantas cultivadas. A partir de 2017, dados e imagens do acervo desse herbário serão disponibilizados para consulta no GBIF (Sistema Global de Informação sobre Biodiversidade, sigla em inglês), que é o maior banco de dados on-line sobre a biodiversidade global.

A curadora do Herbário, Taciana Cavalcanti, as técnicas Andrielle Câmara Amaral, Gabriela Silva Ribeiro e Renato Sales, este último da equipe de tecnologia da informação, participaram no dia 27/10 do Simpósio Científico “SiBBr: Implementando o GBIF no Brasil”, no auditório do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em Brasília, DF. O evento de três dias teve como objetivo discutir o plano de implementação do GBIF para o período de 2017-2021 e reuniu a comunidade científica brasileira para conhecer melhor as necessidades dos pesquisadores no uso de sistemas de informação para lidar com dados de biodiversidade.

O GBIF é um sistema internacional de dados, financiado pelos países signatários da Convenção da Diversidade Biológica (CDB), que fornece um único ponto de acesso (através do seu portal e seus serviços web) para centenas de milhões de registros, livremente compartilhados por instituições em todo o mundo.

A participação brasileira na base de dados internacional está sendo organizada pelo SiBBr (Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira), do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações o (MCTIC), com suporte técnico do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e apoio financeiro do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF). O SiBBr tem como objetivo reunir e consolidar os dados e conteúdos da biodiversidade brasileira.

Herbário: diversidade em prateleiras

Herbário é uma coleção científica, composta por amostras de plantas secas, que são o material-testemunho da identificação taxonômica das espécies provenientes de diferentes ecossistemas, servindo também como registro e referência sobre a vegetação e flora de uma determinada região. As informações contidas em um herbário são fontes básicas para estudos taxonômicos, florísticos, biogeográficos, fenológicos, ecológicos, além de fornecerem dados para os trabalhos sobre biodiversidade, usos medicinais, tóxicos, forrageiros, alimentícios, entre muitos outros.

O objetivo da Embrapa com a manutenção de um herbário é garantir a formação de uma base de dados o mais completa possível sobre a diversidade e a vegetação de uma dada região como também do material-testemunha das espécies conservadas na rede de bancos genéticos da Empresa. As amostras botânicas conservadas em um herbário registram a localização, dados ecológicos, altitude, tipo de vegetação e outr de interesse da planta em seu local de origem.

Saiba mais sobre o GBIF

O GBIF coordena os serviços de informação da biodiversidade dos países e organizações participantes, compartilhando habilidades, experiências e capacidade técnica. O sistema opera por meio de uma rede, da qual o SiBBr é o representante brasileiro.

Os dados acessíveis abrangem mais de 1,6 milhões de espécies, recolhidos ao longo de três séculos de exploração de história natural e incluindo observações atuais de cientistas cidadãos, investigadores e programas.

Foto: Claudio Bezerra

Embrapa