Agricultura intensiva é mais sustentável

Se os rendimentosforem usados para aumentar os lucros ou baixar os preços, eles só vão acelerar a crise

Pesquisadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, afirmaram que a agricultura de pequena escala, ou orgânica, tem maiores custos ambientais e maiores prejuízos para a terra do que a agricultura intensiva de “alto rendimento”. O estudo analisou os setores de arroz asiático com casca (90%), trigo europeu (33%), carne latino-americana (23%) e laticínios europeus (53%).

Segundo os pesquisadores, as evidências mostram de que a melhor alternativa é adotar métodos produtivos que agridem menos o meio ambiente, como aqueles que dispensam o uso de técnicas ne aragem da terra, por exemplo. De acordo com Andrew Balmford, professor de ciência da conservação no Departamento de Zoologia, em Cambridge, a agricultura de alto rendimento poderia ser a solução para suprir o aumento da demanda.

“Nossos resultados sugerem que a agricultura de alto rendimento poderia ser aproveitada para atender à crescente demanda por alimentos sem destruir ainda mais o mundo natural. No entanto, se quisermos evitar a extinção em massa, é vital que a agricultura eficiente seja mesclada com áreas de mata selvagem e que evitem o uso do arado”, comenta.

No entanto, a equipe adverte que, se os rendimentos mais altos forem usados simplesmente para aumentar os lucros ou baixar os preços, eles só vão acelerar a crise de falta de alimento que já existe em algumas partes do globo. Nesse cenário, exemplos de estratégias de alto rendimento incluem sistemas de pastagem mais modernos e raças de gado melhorado na produção de carne, o uso de fertilizantes químicos nas plantações e a manutenção de vacas leiteiras no pasto por mais tempo.

Fonte: Agrolink Por Leonardo Gottems