Alerta Agroclimático – 05 julho 2016

O avanço de uma frente fria pelo Uruguai e Rio Grande do Sul mantém o tempo bastante fechado e com chuvas a qualquer hora do dia em grande parte do Estado nessa terça-feira. Essas chuvas irão atrapalhar o andamento do plantio do trigo, principalmente na região noroeste, mas por outro lado irão elevar os níveis de umidade do solo e consequentemente melhorar substancialmente as condições ao desenvolvimento das lavouras. Já que a ausência de chuvas regulares e até mesmo em bons volumes estava mantendo os solos com níveis muito baixos de umidade e o plantio que vinha sendo feito nessas condições apresentava falhas no stand de plantio, além de não favorecer a adubação nitrogenada de cobertura.

                E esse sistema aos poucos estará se deslocando em direção a Santa Catarina e Paraná, onde deverá chegar na quarta-feira, provocando chuvas, ou seja, amanhã, provocando chuvas em vários pontos desses Estados. Como serão chuvas de baixa intensidade e de curta duração não haverá prejuízos à agricultura, apenas poderão ocorrer paralisações momentâneas nos trabalhos de colheita do milho, café e da cana de açúcar, bem como no plantio do trigo, que entra na reta final no Paraná, uma vez que o percentual de área plantada passa dos 94%.

                Já no restante do Brasil, o tempo seguirá aberto não só nessa terça-feira, mas ao longo de toda a semana. E esse padrão de tempo seco, permitirá que os trabalhos de colheita do milho 2ª safra, do café, da cana de açúcar, do algodão e de demais culturas possam transcorrer sem maiores transtornos ao longo desse período. Chuvas apenas sobre as faixas litorâneas do Nordeste e do Norte do Brasil.

                E após a passagem dessa frente fria, uma massa de ar polar estará avançando sobre o Centro-Sul do Brasil e levando a um novo declínio mais acentuado das temperaturas. Onde em muitos municípios os termômetros, a partir da madrugada de quinta-feira começarão a registrar valores bem abaixo dos 10°C. Não há riscos para ocorrência de geadas. Mas em invernos marcados pela neutralidade as massas de ar polar conseguem adentrar com maior facilidade e até mesmo com maior intensidade sobre o Brasil.

image001 image002 image003 image004 image005

Por: Marco Antonio dos Santos