Alexandre Guerra assume o Conseleite

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, assumiu a presidência do Conseleite/RS em substituição ao diretor da Farsul Jorge Rodrigues, que agora responde pela vice-presidência. A transmissão do cargo, que já estava prevista desde a eleição em 2014, foi realizada em almoço na sede da Farsul ontem quarta-feira (21/9). Segundo ele, a expectativa é manter o trabalho que vem sendo realizado junto ao colegiado com o objetivo de dar ao setor subsídios para entender as dinâmicas de produção láctea do Rio Grande do Sul. Ao assumir, relatou as dificuldades enfrentadas pelo setor com as altas importações de lácteos dos países do Prata.

No encontro desta quarta-feira, o Conseleite deliberou por adotar ações junto ao governo federal para solicitar redução das importações de lácteos e pela abertura de linhas para aquisições governamentais de leite em pó que ajudem a reequilibrar o mercado. Guerra ainda relatou trabalho realizado durante a Expointer, quando o Sindilat apresentou ao ministro Blairo Maggi argumentação sobre a necessidade de criação de cotas para limitar o ingresso de leite uruguaio no Brasil. “A pauta foi encaminhada e estamos em contato como o ministro Blairo Maggi para ajustar esse mercado”, pontuou.

QUEDA DO PREÇO – No encontro, a equipe da UPF apresentou levantamento referente ao preço de referência do leite no mês setembro. Segundo dados do Conseleite, a projeção é de R$ 1,0054 por litro, queda de 14,29% em relação ao consolidado do mês anterior (R$ 1,1731 em agosto). Entre julho e setembro, a redução do preço do leite soma 23,85%. “No mês, o leite UHT caiu 22,45%, o que puxou a tendência de queda do preço do leite no Rio Grande do Sul uma vez que tem peso importante no mix de produtos”, pontuou o professor da UPF Eduardo Belisário Finamore.

Guerra pontua que os dados de setembro refletem a retomada da produção no campo, já que, após meses de baixa captação, os animais voltaram a produzir a pleno no Rio Grande do Sul. O vice-presidente do Conseleite, Jorge Rodrigues, pontuou que há algumas questões que precisam ser olhadas mais de perto no setor. “A situação é muito crítica porque estamos com preço muito abaixo do que deveria. É verdade que há mais oferta no mercado, mas o produtor está em uma apreensão grande”. Segundo ele, a dúvida é “quem vai resistir nesse mercado.” Presente ao encontro, o assessor de Política Agrícola da Fetag, Márcio Langer, alegou que produtores investiram em adubação e ração para elevar a produção nos últimos meses e essa queda de preço será um balde de água fria no campo.

Fonte: Conseleite