Essa circunstância adicionada à disputa comercial entre China e os Etsados Unidos aumentou as exportações de soja este ano. Segundo as estatísticas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Pesca, prevê que entre agosto e outubro serão expedidos cerca de 3,69 milhões de toneladas do grão este ano, contra 2,49 milhões de toneladas no mesmo período de 2016, 2,42 milhões de toneladas em 2017 (quando a soja as colheitas foram semelhantes à última campanha) e 0,58 milhões de toneladas em 2018 (quando uma seca severa cortou 30% da produção).
Isso significa que a “primarização” (um neologismo para definir a falta de valor industrial nas exportações) aumentou em média 50% em relação a 2016 e 2017. “Essa situação põe em risco centenas de postos de trabalho no maior cluster de exportação e maior gerador de dólares da Argentina”, disse uma fonte da indústria ao eFarmNewsAr.com. “É necessário reverter essa situação o mais rápido possível, eliminando a punição fiscal de aplicar mais impostos aos produtos de valor agregado”, acrescentou.
Há alguns dias, o executivo da Aceitera General Deheza, Miguel Acevedo, disse que “em agosto tivemos um registro mensal das exportações de soja. Deveríamos ter o mesmo imposto de exportação para a soja que para os subprodutos, mas, quando fazemos os números, resulta que nós (os industriais) estamos pagando mais impostos pela refeição ou pelo óleo do que pelo feijão”.
Fonte: Agrolink Por Leonardo Gottems