Biogénesis Bagó lança vacina contra o botulismo, doença que gera mais de R$ 500 milhões por ano em prejuízos 

A multinacional argentina lança a vacina Botulinogen que previne contra o botulismo ajudando o pecuarista brasileiro a produzir e proteger o rebanho cada vez mais e melhor

A Biogénesis Bagó, uma das empresas líderes na América Latina na produção de soluções para a saúde animal, lança em dezembro mais um produto para fortalecer seu portfólio de produtos biológicos. A BOTULINOGEN® é uma vacina bivalente e específica para proteger com segurança contra o botulismo, disponibilizada em apresentações de 20 doses e de 50 doses.

De acordo com o Gerente Técnico da Biogénesis Bagó Brasil, Reuel Luiz Gonçalves, o botulismo é uma doença/intoxicação específica causada pela ingestão e absorção intestinal de toxinas produzidas pelo Clostridium botulinum, uma bactéria que acomete diferentes espécies, inclusive o homem. O botulismo ainda mata muitos bovinos, gerando mais de R$ 500 milhões por ano em prejuízos diretos na pecuária brasileira

Clostridium botulinum pode permanecer no solo e em matéria orgânica por longos períodos, sem causar doença. Porém, quando encontra um ambiente favorável de anaerobiose, ou seja, sem oxigênio, os esporos germinam e produzem neurotoxinas. Após ingestão e absorção pelo trato intestinal, as toxinas se ligam a receptores de terminações nervosas, resultando em paralisia flácida e morte do animal em virtude de parada respiratória. As toxinas C e D são as de maior importância epidemiológica. Um miligrama de toxina mata um animal adulto e cerca de um grama de matéria orgânica decomposta contaminada pode ter toxina suficiente para matar um bovino adulto.

Bovinos confinados também podem adquirir a intoxicação de forma esporádica quando alimentados com silagem, feno ou ração mal conservados, que possam conter matéria orgânica em decomposição ou carcaças de pequenos mamíferos e aves, que por acidente, possam ter sido incorporados ao alimento no momento da preparação.

“Estas condições são ideais para a multiplicação da bactéria e produção de grandes quantidades da toxina botulínica. Reservatórios de água, águas paradas e açudes contaminados por carcaças de roedores, plantas, pequenas aves ou animais silvestres como tatus e tartarugas também podem ser considerados como possíveis fontes de infecção para bovinos a campo e estabulados”, explica Gonçalves.

Considerando que o tratamento dos animais enfermos é geralmente ineficaz e economicamente impraticável, o controle do botulismo bovino consiste na adoção de medidas preventivas relacionadas à melhoria das condições ambientais e sanitárias como eliminação de fontes de contaminação nas pastagens através da remoção e incineração de carcaças; manejo nutricional adequado, como a correção da deficiência de fósforo nas pastagens e suplementação mineral permanente dos animais.

Para o Gerente de Produtos da Biogénesis Bagó Brasil, Pedro Hespanha, a vacinação é um dos meios profiláticos mais eficazes para prevenir a doença. “A vacinação deve ser feita anualmente, antes do período das chuvas, sendo que a primeira imunização deve ser seguida de reforço quatro a seis semanas após a primeira dose. Em algumas situações, como no confinamento, esta é a principal medida de controle do botulismo”, orienta Hespanha.

Fonte: Attuale Comunicação