Boi gordo: tendência de alta deve mudar a partir da próxima semana

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agrícola e previsão do tempo para começar o dia bem informado.
Os preços do boi gordo ficaram entre estáveis a mais altos nesta sexta-feira, dia 8. As cotações devem voltar a subir nesta semana diante do ápice no consumo que ocorre exatamente na primeira quinzena de dezembro.
Em São Paulo, a cotação fechou a semana em R$ 145,50 por arroba, à vista, livre de Funrural, acumulando uma alta de 1,4% desde segunda-feira, 4.
Apesar desse cenário, a composição da escala de abate variou de frigorífico a frigorífico. O mais comum foram indústrias com escalas que atendem de três a quatro dias de programação de abate.
Já a partir da segunda quinzena do mês a tendência é de mudança na dinâmica do mercado, pois as grandes redes varejistas já estarão com seus estoques posicionados para atender a demanda de final de ano. Por enquanto, a oferta limitada segue dando sustentação aos preços.
No mercado atacadista, o dia foi de preços mais altos para alguns cortes. A reposição entre atacado e varejo segue bastante rápida, enquanto que a concorrência com a carne de frango e suína permanece acirrada, o que oferece um contraponto.
Boi gordo no mercado físico
Araçatuba (SP): 145,50
Belo Horizonte (MG): 142,50
Goiânia (GO): 140,00
Dourados (MS): 133,00
Mato Grosso: 127,00-130,00
Marabá (PA): 134,00
Rio Grande do Sul (oeste): 4,75 (kg)
Paraná (noroeste): 138,50
Tocantins (norte): 137,00
Fonte: Safras & Mercado e Scot Consultoria
Dólar e Ibovespa
O dólar comercial fechou em alta de 0,27%, a R$ 3,296 para a venda, puxado por preocupações com a reforma da Previdência após a saída do ministro do PSDB, Antônio Imbassahy, da articulação política do governo – evento que foi visto como uma barreira adicional à obtenção de apoio dos tucanos à medida.
“O dólar está muito sensível ao cenário político. E, apesar das notícias sobre possível data para a votação, há indicações de que o governo não tem um placar tão positivo para a aprovação da reforma. Os números têm mostrado que talvez o governo tenha dificuldade não só para ter a votação como para aprovar a reforma”, disse o economista-sênior do banco Haitong, Flávio Serrano.
Na sexta, o presidente Michel Temer indicou que a reforma da Previdência deve ser colocada para votação entre os dias 18 e 19 de dezembro. De acordo om o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo, há pouco tempo para o governo conseguir se alinhar com o PSDB.
“O PSDB virou a noiva. Para a reforma sair precisa dele para aprovar. O governo está cortejando. Mas, sem o Imbassahy, o Temer perde um grande articulador com os tucanos”, disse Galhardo.
No mercado externo, a criação de vagas acima do que o esperado nos Estados Unidos, diz Galhardo, ajudou a dar força para o dólar durante o dia. Na semana, a moeda acumulou alta de 1,2%.
O Ibovespa encerrou com queda de 0,34%, aos 72.731 pontos. O volume negociado foi de R$ 7,951 bilhões.
Fonte: Safras & Mercado
Soja
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a sexta-feira com preços mais baixos. A previsão de chuvas para as regiões produtoras da Argentina no período de 11 a 15 dias manteve o mercado sob pressão.
Após atingir no início da semana passada os melhores níveis em quatro meses, o mercado iniciou um processo de correção. Nem mesmo o anúncio de vendas para a China de 397 mil toneladas da oleaginosa, diminuiu a pressão sobre as cotações. O contrato de janeiro encerrou a semana zerado.
O desafio da posição spot (janeiro/18) em Chicago é superar novamente a linha de US$ 10 por bushel e permanecer acima, demonstrando força. Apenas uma piora contundente nas condições de desenvolvimento das lavouras da América do Sul podem trazer força para Chicago mudar de patamar, mesmo que no curto-prazo.
O levantamento semanal divulgado pelo Ministério da Agroindústria da Argentina indicou que a semeadura de soja da safra 2017/2018 do país somava em 56% ou 9,405 milhões de hectares da área total prevista até o dia 07 de dezembro. Na semana anterior o plantio estava em 48%. No mesmo período do ano passado, atingia 61%.
Aqui no Brasil, a sexta-feira foi de poucos negócios e preços mistos. O dólar subiu, mas Chicago registrou perdas. Apesar disso, a semana foi mais movimentada, envolvendo negociações de cerca de 700 mil toneladas.
Segundo a consultoria Safras & Mercado, o plantio da soja na temporada 2017/2018 atingiu 94,1% no Brasil, na semana encerrada em 8 de dezembro. Na semana anterior, o plantio era de 95,2%. Em igual período do ano passado, a semeadura estava em 95,2%. A média para o período é de 93,6%.
É importante que a partir de agora se tenha um registro de chuvas regulares
em todos os estados produtores do país. Até o momento o panorama é positivo
para o desenvolvimento inicial das lavouras, com apenas problemas pontuais sendo registrados.
Enquanto isso, a confirmação do fenômeno La Niña traz grandes preocupações, e um baixo nível de precipitações já atinge alguns pontos da Argentina.
Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) – US$ por bushel
Janeiro/2018: 9,89 (-2,25 cents)
Março/2018: 10,01 (-2,75 cents)
Soja no mercado físico – R$/saca de 60 kg
Passo Fundo (RS): 71,50
Cascavel (PR): 71,00
Rondonópolis (MT): 65,00
Dourados (MS): 67,50
Porto de Paranaguá (PR): 75,50
Porto de Rio Grande (RS): 75,50
Santos (SP): 75,50
São Francisco do Sul (SC): 76,00
Fonte: Safras & Mercado
Milho
A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou com preços mais altas. Após acumular perdas de 1,67% na semana, o mercado está se recuperando com base em fatores técnicos. O quadro de ampla oferta mundial segue adicionando pressão sobre as cotações.
Os investidores passam a focar no relatório de oferta e demanda a ser divulgado nesta terça-feira, dia 12, pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
No mercado interno, o milho encerrou a semana apresentando maior lentidão no disponível, enquanto a desvalorização cambial motivou negócios mais volumosos para a segunda safra de 2018.
Os consumidores ainda avaliam as complicações logísticas a partir da segunda quinzena do mês e podem buscar volumes pontuais para preencher alguma lacuna.
Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) – US$ por bushel
Março/2018:  3,52 (+1,25 cents)
Maio/2018:  3,61 (-1,00 cent)
Milho no mercado físico – R$/saca de 60 kg
Rio Grande do Sul: 32,00
Paraná: 28,00
Campinas (SP): 32,50
Mato Grosso: 17,50
Porto de Santos (SP): 30,00
Porto de Paranaguá (PR): 29,00
São Francisco do Sul (SC): 29,00
Fonte: Safras & Mercado
Café
Nova York
A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações da sexta-feira com preços levemente mais baixos. O dia foi de volatilidade, o mercado chegou a ter ganhos, mas acabou retornando ao terreno negativo em meio a fatores técnicos.
Foram cinco sessões de perdas na semana passada, com o mercado acumulando uma baixa de 5,4% para a posição março.
Londres
A Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres para o café conilon teve um dia de cotações mais altas. O mercado avançou com recuperação técnica depois das perdas da quinta-feira, 7, e seguindo a valorização boa apresentada pelo petróleo.
No Brasil, o mercado de café teve uma sexta-feira de preços estáveis. O dia foi lento na comercialização, diante da volatilidade das bolsas e do dólar sem trazer maiores influências.
Café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) – em cents por libra-peso
Março/2018: 122,60 (-0,30 pontos)
Maio/2018: 124,80 (-0,35 pontos)
Café robusta na Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres (Liffe) – em US$ por tonelada
Janeiro/2018: 1.750 (+US$ 20)
Março/2018: 1.740 (+US$ 17)
Café no mercado físico – R$ por saca de 60 kg
Arábica/bebida boa – Sul de MG: 450-455
Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: 455-460
Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: 410-415
Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): 373-375
Previsão do tempo
A madrugada desta segunda-feira, dia 11, começa com instabilidades ao redor do país, sendo a exceção a região Sul que devido à atuação de uma região de alta pressão, inibe a formação de nuvens e deixa o tempo firme.
No estado de São Paulo, também não chove, mas há muita nebulosidade na metade norte. Nas demais áreas do Sudeste, o tempo é instável e são observadas pancadas de chuva com altos acumulados no norte mineiro.
Na região Nordeste, o tempo fica instável no estado baiano e parte de alagoas, nos outros estados do leste nordestino o tempo é firme. Entre o Centro-Oeste e o Norte do país atuam áreas de instabilidade que levam acumulados expressivos de chuva para esta região.
Sul
A semana começa marcada pela atuação de uma massa de ar seco em grande parte da região Sul. Esse padrão está associado a uma área de alta pressão atmosférica, que inibe a formação de nuvens carregadas sobre a região e mantém o tempo firme. Tem possibilidade de chuva fraca apenas no litoral Paranaense.
Pela manhã as temperaturas seguem mais baixas na serra gaúcha, durante a tarde ainda não faz tanto calor em toda faixa leste gaúcha. Mas o destaque é para o calor no oeste da região, onde a maioria das cidades devem registrar temperatura acima dos 30°C.
Sudeste
A chuva continua forte no norte de Minas Gerais devido a umidade proveniente da Amazônia. A chuva ocorre a qualquer hora do dia e com acumulados bastantes expressivos, o que mantém o alerta para transtornos. Volta a chover de forma isolada entre a faixa leste paulista, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Nas demais áreas do estado paulista, faz calor e o tempo continua firme.
Centro-Oeste
Uma massa de ar seco atua na metade sul de Mato Grosso do Sul e deixa o tempo firme nesta segunda-feira. Apenas na faixa norte é que ainda tem possibilidade de chuva, mas que ocorre ao fim da tarde e de forma isolada.
Em Goiás e em Mato Grosso a chuva ainda ocorre de forma generalizada e com volume expressivo. Mesmo com a chuva, a sensação é de tempo abafado em toda a região Centro-Oeste.
Nordeste
As pancadas de chuva seguem em todos os estados da região, mas os volumes mais expressivos são esperados em grande parte da Bahia, assim como no sul do Maranhão e do Piauí. Na faixa entre o norte do Maranhão e o Rio Grande do Norte, a chuva é isolada e ocorrem no fim da tarde e durante a madrugada.
Norte
As áreas de instabilidade ainda atuam no Norte do Brasil e os volumes mais expressivos de chuva devem ocorrer no oeste da região, principalmente no Acre e em Rondônia. Pode chover forte também entre o Pará e o Tocantins.
Nas demais áreas da região também há previsão de chuva, mas que ocorre de forma irregular e com volumes menos expressivos. E principalmente sobre o Amapá, a chuva ocorre de forma isolada.
Fonte: Somar Meteorologia
Fonte: Canal Rural