Chicago: cotações do milho subiram

Na Argentina, a tonelada FOB de milho ficou em US$ 163,00 e no Paraguai em US$ 127,50.

As cotações do milho em Chicago subiram um pouco nesta semana, com o fechamento desta quinta-feira (19) ficando em US$ 3,51/bushel, contra US$ 3,30 no dia 13/07.

Houve piora igualmente nas condições das lavouras de milho estadunidenses, sendo que até o dia 15/07 em torno de 72% estavam entre boas a excelentes, 19% regulares e 9% entre ruins a muito ruins.

Assim como no caso da soja, as cotações do milho teriam alcançado níveis muito baixos e não haveria muito espaço para recuos maiores. Para o mês de dezembro o piso estaria se estabelecendo em torno de US$ 3,50/bushel. Para que isso se confirme, o clima será o fator fundamental nos próximos 45 dias nos EUA. Por enquanto, há uma redução de chuvas em algumas regiões, porém, a produtividade média projetada para a próxima colheita continua em 10.770 quilos/hectare.

Mas qualquer alteração climática para pior, a partir de agora, fará as cotações do cereal subirem, mesmo em se mantendo a guerra comercial entre EUA e China.

Na Argentina, a tonelada FOB de milho ficou em US$ 163,00 e no Paraguai em US$ 127,50.

Já no Brasil, o preço médio no balcão gaúcho ficou em R$ 34,69/saco na semana. Ao mesmo tempo, os lotes ficaram entre R$ 38,50 e R$ 39,00/saco. Nas demais praças nacionais os lotes oscilaram entre R$ 19,00/saco em Sorriso e Campo Novo do Parecis (MT) e R$ 39,00/saco em Videira, Campos Novos e Concórdia (SC).

Com o câmbio no Brasil mantendo o Real acima de R$ 3,80 por dólar, as exportações tendem a melhorar neste segundo semestre, período em que o Brasil é mais agressivo no mercado externo de milho. Neste sentido, o país exportou, nos primeiros 10 dias úteis do corrente mês, um total de 187.200 toneladas, a um preço médio de US$ 172,80/tonelada.

Todavia, as péssimas produtividades médias obtidas na safrinha do Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo deixam o mercado muito atento, pois o volume final da safrinha deverá ser menor do que as projeções oficiais indicam. Por enquanto, o setor privado espera 48,8 milhões de toneladas.

Neste contexto, o mercado foca os preços do cereal em São Paulo, mercado de referência nacional. Diante de uma safrinha comprometida, os produtores estão vendendo muito lentamente o milho, esperando preços mais elevados nas próximas semanas. Entretanto, é preciso esperar  a aceleração da colheita, a qual acontece a partir desta segunda quinzena de julho, para se ter uma ideia mais clara do volume que a safrinha terá.

A comercialização ainda padece do problema da indefinição da tabela de fretes, enquanto para o final do ano o mercado já começa a considerar a possibilidade de aperto na oferta caso as exportações aumentem e a safra de verão não tenha aumento de área, como está sendo a previsão neste momento.

Em Santos os preços ficaram entre R$ 38,50 e R$ 39,00/saco, para agosto e setembro, enquanto na BM&F os contratos para setembro e novembro buscam a paridade de exportação como principal referência. O referencial Campinas ficou entre R$ 39,00 e R$ 40,00/saco CIF. Neste contexto, a volatilidade cambial nas próximas semanas e a decisão de comercialização de produtores e cooperativas tende a ser o fator principal para definir uma tendência de preços no curto e médio prazo (cf. Safras & Mercado).

Enfim, até o dia 13/07 a colheita da safrinha no Centro-Sul brasileiro atingia a 27% da área total, contra 33% na mesma época do ano anterior. O Paraná havia colhido 19%, São Paulo 26%, Mato Grosso do Sul 16%, Goiás 27%, Mato Grosso 38%, e Minas Gerais 10%.

Fonte: CEENA/Unijui

Crédito Imagem: Domínio Público/Pixabay