Chicago: Cotações registram forte queda

Encontro entre China e EUA podem mudar o panorama

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam em queda expressiva nesta segunda-feira (26.11) com temores de que a disputa comercial entre Estados Unidos e China não seja resolvida em breve. De acordo com o especialista Luiz Fernando Pacheco, analista da T&F Consultoria Agroeconômica, a única esperança dos analistas é o encontro entre os dois presidentes que ocorrerá na Argentina.

“Os presidentes das duas superpotências, Donald Trump e Xi Jinping, devem se reunir no fim desta semana durante a cúpula do G-20, em Buenos Aires. Analistas da AgWatch, porém, observaram que uma resolução vai levar tempo e que o comércio entre os dois países não deve voltar aos níveis anteriores à imposição de tarifas”, comenta.

As importações chinesas de soja dos EUA diminuíram acentuadamente em julho, quando Pequim impôs uma tarifa retaliatória de 25% sobre o grão norte-americano e passou a recorrer a outras origens, como o Brasil. O vencimento janeiro caiu 18,75 cents (2,13%), para US$ 8,6225 por bushel e as cotações de farelo e óleo fecharam no nível mais baixo de toda esta temporada.

“De acordo com o Indicador do Comércio Exterior (Icomex) divulgado nesta segunda-feira pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), a receita do Brasil com exportações de soja para a China aumentou 124% em outubro ante igual mês do ano passado, um reflexo da disputa entre Washington e Pequim. O fortalecimento do dólar ante o real, que tende a estimular as exportações brasileiras da commodity, também pressionou as cotações”, indica.

Dados mostraram que 1,105 milhão de toneladas de soja foram inspecionadas para exportação nos portos norte-americanos na semana passada, um aumento de 3,2% ante a semana anterior. O volume acumulado desde o início de setembro, porém, está 42% abaixo do registrado em igual período do ciclo anterior.

Fonte: Agrolink Por Leonardo Gottems