Chuvas podem ocasionar problemas na qualidade do trigo argentino, diz USDA

As chuvas aumentaram o potencial de a Argentina se juntar à longa lista de países que tiveram uma boa parte da colheita de trigo com a qualidade comprometida. Desta forma, os prêmios para o trigo com maior qualidade também devem aumentar.

O escritório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Buenos Aires publicou um relatório sinalizando um forte potencial para a colheita de trigo do país, reafirmando uma estimativa de produção de 14,4 milhões de toneladas, indicando alta pelo quinto ano consecutivo.

As expectativas refletem o impulso nos plantios, que vieram quando o governo de Maurício Macri, eleito no último ano, retirou os impostos de exportação para o trigo e para o milho.

As perspectivas para a qualidade também pareciam que iriam ser boas, uma vez que os agricultores fizeram investimentos adicionais em sua cultura, utilizando melhores tecnologias e plantando uma proporção maior do que o normal de variedades de trigo de qualidade mais elevada.

Preocupações com a qualidade

As constantes chuvas que têm atingido algumas áreas da Argentina de forma consistente levantam preocupações de que essas especificações podem ficar aquém das esperanças. As precipitações podem estimular a formação de grãos, mas também ocasionar em perda de qualidade, ao invés de oferecer o impulso de rendimento visto mais cedo, na fase do desenvolvimento.

Fornecimentos globais mais baixos

Para os mercados internacionais de trigo, as preocupações podem resultar em prêmios pagos ao trigo de melhor qualidade, uma vez que outros países, como a França, maior produtora da União Europeia, Rússia e Canadá também tiveram problemas climáticos durante seus cultivos.

O aumento, no momento, se dá a US$1,10 por bushel no prêmio para os futuros.

Impacto nas exportações

Um problema com a qualidade do trigo argentino também pode afetar diretamente o Brasil, que atualmente é o maior destino das exportações. Pela terceira safra consecutiva, o Brasil também enfrenta problemas climáticos.

O USDA, no entanto, prevê embarques da Argentina para o Brasil crescendo de 3 milhões a 4 milhões de toneladas na safra 2016/17.

Com informações do Agrimoney

Por: Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas