Cidades são chave para conservação de polinizadores

“Ao entender o impacto de cada uso do solo urbano sobre polinizadores, podemos tornar as cidades melhores lugares para eles”

Uma pesquisa, realizada por cientistas das Universidades de Bristol, em colaboração com a Universidade de Cardiff e do Centro de Nacional de Síntese Sócio-Ambiental (SESYNC) revelou que os jardins e terrenos urbanos plantados com lavanda e borragem são bons agentes polinizadores. Isso porque elas são plantas de jardim importantes que polinizadores usados como fontes de alimento.

O estudo, publicado na Nature Ecology and Evolution, avaliou os principais usos da terra urbana para os polinizadores. Embora tenha havido alguns estudos de pequena escala sobre os polinizadores em alguns usos da terra urbana, esta é a primeira vez que os cientistas consideram as cidades como um todo.

A equipe também projetou uma nova medida de sucesso na gestão, baseada na força da comunidade, que considera a estabilidade de comunidades inteiras de polinizadores, e não apenas de espécies individuais. Eles avaliam que comunidades robustas podem sobreviver ao desaparecimento de algumas espécies, mas a perda de espécies em comunidades frágeis leva a um efeito dominó de outras extinções.

De acordo com a Dra. Katherine Baldock a troca de conhecimentos foi fundamental para chegar nesse resultado. “Ao entender o impacto de cada uso do solo urbano sobre polinizadores, seja, jardins, parcelas, estradas, na beira dos parques, podemos tornar as cidades melhores lugares para os polinizadores”, comenta.

“Em vez de simplesmente perguntar como a administração afeta o número de espécies polinizadoras ou sua abundância, também perguntamos como as estratégias potenciais afetam a capacidade dos polinizadores de lidar com as perdas de espécies associadas à mudança ambiental. Uma boa intervenção gerencial leva a comunidades mais sustentáveis”, conclui.

Fonte: Agrolink Por Leonardo Gottems