Cientista desenvolve culturas que levam 100% de vantagem

A cientistas Luisa Trindade, professora do Crop Improvement Department da Univeraidad Wageningen, na Holanda, desenvolveu oito possíveis novas variedades híbridas da gramínea miscanthus, que foram plantados em dez lugares diferentes na Europa. Segundo ela, uma grande parte das culturas agrícolas são descartadas no momento da colheita e isso inclui órgãos e estruturas vegetais que contêm proteínas, gorduras, fibras e outros componentes valiosos.

“O mundo precisa de plantas que possam ser usadas completamente, até a última molécula. Tome como exemplo os talos de plantas de tomate, que contêm todos os tipos de blocos de construção úteis. Em teoria, as fibras das hastes de tomate poderiam ser usadas como matéria-prima para o jeans, mas devido à maneira como elas são integradas na planta, não é possível extraí-las economicamente. As plantas de tomate foram melhoradas para produzir tomates bonitos e saborosos, mas o resto da planta nunca interessou criadores de plantas”, comenta.

Trindade quer aumentar o valor dos resíduos agrícolas. Ela acredita que é crucial decidir com antecedência exatamente o que você planeja fazer com os diferentes componentes da planta. Atualmente, ele está focando sua pesquisa em culturas de fibras, incluindo miscanthus. Esta erva serve como matéria-prima para todos os tipos de produtos.

Por exemplo, a celulose, um dos principais componentes de sua cana-de-biomassa, é usada para fazer papel e bioplásticos, enquanto fibras inteiras podem ser usadas como preenchimento leve de concreto. “Queremos cultivar variedades de excelente qualidade de biomassa para uma ampla gama de aplicações”, diz Trindade. “Também queremos que essas variedades sejam robustas, para produzir altos rendimentos em vários ambientes”, conclui.

Fonte: Agrolink Por Leonardo Gottems