Compradores asiáticos conhecem sistema produtivo de algodão em Goiás

Uma missão internacional de representantes de indústrias têxteis esteve na sede da Associação Goiana de Produtores de Algodão (Agopa) na manhã desta quarta-feira, 8 de agosto, para conhecer o laboratório de classificação da fibra do algodão de Goiás. A comitiva é composta por sete convidados da indonésia e de Hong Kong. São proprietários de indústrias de fiação têxtil, ou avaliadores de algodão de grandes empresas têxteis, que já compram o algodão produzido em Goiás, mas procuram saber mais sobre a origem e o processo de produção.

A missão foi organizada pela SLC Agrícola, empresa que exporta para esses dois países. Desde o último domingo, dia 5, a missão percorreu fazendas da SLC no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. Puderam conhecer as etapas de cultivo e colheita, que culminam no envio de amostras dos lotes de algodão para análise laboratorial.

Os visitantes buscavam conhecer como é feita a classificação da pluma, nos quesitos técnicos de comprimento, resistência e pegajosidade, entre outros. Essas informações são importantes para definir qual a qualidade de algodão necessária para cada tipo de produto.

Confiança

John Erwin é representante da SLC na Indonésia, e um dos responsáveis pela escolha dos participantes. “Eles estão impressionados com o processo de produção, beneficiamento e classificação que realizamos em Goiás. Trazê-los aqui é um trabalho que busca criar uma relação de confiança entre as duas pontas do comércio”, explicou.

A Indonésia é o maior comprador de algodão do Brasil. As exportações brasileiras respondem por 22% de todo o consumo da pluma no país asiático. “Vejo o progresso da indústria brasileira e acredito que se deve continuar numa constante melhora. Para os asiáticos, tudo é uma questão de confiança, e isso é o que conseguimos aqui”, complementou.

Para o diretor de vendas da SLC, Aldo Tissot, a comitiva respondeu bem à exposição do processo produtivo brasileiro. “Mostramos o planejamento, o plantio, colheita, beneficiamento e a formação dos lotes por classificação visual e HVI (qualidades intrínsecas), o que é nosso diferencial”, detalhou.

Tissot disse ainda que cada comprador precisa de uma qualidade específica de algodão que melhor se adequa à sua produção, e a classificação por HVI é determinante para oferecer exatamente o que o comprador precisa. “Nenhuma outra empresa no mundo chegou ao nível de homogeneidade e especificidade que temos hoje”, resumiu.

Fonte/crédito: Agopa