“Nada será como antes. Tudo mudou, depois desse mês de fevereiro. Pouco antes da crise, tivemos uma reunião na Alemanha, durante a Semana Verde, com diversos ministros de Agricultura do mundo. Fico imaginando como, hoje, a pauta daquela reunião seria totalmente diferente”, lembra a ministra.
Além disso, o Brasil tem na crise a oportunidade de se firmar como um fornecedor de alimentos e fibras confiável, sem deixar, primeiramente, de abastecer o mercado interno, disse ela. “Somos autossuficientes em quase todos os produtos agrícolas, mas não podemos deixar de ser parceiros confiáveis daqueles com quem mantemos relacionamento comercial”, completa.
Em relação ao papel do setor empresarial do agro neste previsto fortalecimento, Tereza Cristina afirma que o momento é de “aproximar o setor agropecuário da sociedade e mostrar que, na hora em que a sociedade precisou, o agro estava lá, cumprindo o seu papel, não deixando que faltassem alimentos para os brasileiros. E continuou a produzir, já pensando na próxima safra”.
As exportações tiveram quedas expressivas para a América do Norte (-15,4%), América do Sul (-13,5%) e Oriente Médio (-27,8%), mas cresceram nos embarques para a Ásia (+10,7%) e Europa (+1%). Abrir novos mercados é uma meta para o Brasil, na visão da ministra. “Temos recebido muitos pedidos de informações para requerimento de novos certificados. Isso é um indicativo de que o mundo lá fora está preocupado e vê o Brasil como uma janela de oportunidades”, conclui.
Fonte: Agrolink Por Leonardo Gottems
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