Demanda fraca limita evolução nos preços das carnes

O cenário no mercado do boi gordo é típico para sexta-feira, com poucos negócios.

As tentativas de compra por preços menores que a referência continuam sendo observadas em São Paulo, com ofertas de até R$ 141,00/@, à vista.

No Pará, a situação de chuvas nas últimas semanas e as dificuldades de transporte decorrentes atrapalham as compras, o que gerou valorização na região de Paragominas.

No mercado atacadista de carne com osso não houve alterações e o boi casado de bovinos inteiros segue negociado por R$ 9,64/kg.

Para a próxima semana a tendência é que o consumo perca força, devido à passagem do período de início de mês.

Suíno vivo: Maioria das praças fecha semana em baixa

Por Larissa Albuquerque

Embora o mercado independente do suíno vivo tenha apresentado divergências de movimentação nesta semana, é possível afirmar que a maior parte das praças encerrou o período com baixa nas cotações.

Para os pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), a demanda de frigoríficos exportadores por novos lotes de animais está menor e tem motivado os recuos em algumas regiões.

O levantamento de preço realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, apontou que de sete praças, cinco apresentaram perda de referência. O destaque fica por conta do Paraná onde a média dos negócios perdeu 13,77%, terminando a semana cotado a R$ 4,26/kg.

Do lado oposto temos São Paulo e Santa Catarina que subiram a referência. A APCS (Associação Paulista dos Criadores de Suínos) relatou reajuste de R$ 1 na média mínima e máxima dos negócios. Os preços anunciados são de R$ 86,00 a R$ 88,00/@ [equivalente a R$ 4,59 a R$ 4,69/kg vivo] nas condições bolsa, posto frigorífico com 21 dias no pagamento.

Como fator positivo tivemos “as notícias provenientes de vários frigoríficos que as vendas no último final de semana foram boas. O escoamento de animais abatidos ocorreu dentro de um cenário interessante pela época”, disse a Associação em nota.

Já em Santa Catarina o quilo do suíno vivo está cotado a R$ 4,30, cinco centavos acima do último fechamento. Para o presidente da ACCS (Associação Catarinense dos Criadores de Suínos) Losivanio Luiz de Lorenzi, “apesar da melhora, o mercado ainda está indefinido”

No atacado, a carcaça especial suína se desvalorizou 3,1% no atacado da Grande São Paulo. Já a carcaça comum recuou 3,5%, sendo cotada a R$ 6,63/kg.

Custos

Divulgado nesta sexta (10) o índice de custo de produção medido pela Embrapa Aves e Suínos encerrou fevereiro oscilando -4,78%. O ICPSuíno/Embrapa em 201,40 pontos volta ao patamar de dezembro 2015.

“O custo de produção do kg de suíno vivo em ciclo completo em Santa Catarina, maior produtor nacional e usado como referência no índice, ficou em R$ 3,52 em fevereiro, 18 centavos a menos que em janeiro”, relata Embrapa.

Exportações

Após fechar fevereiro com desempenho abaixo do esperado, as exportações de carne suína ‘in natura’ iniciaram o mês com bons resultados.

Dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, divulgados nesta segunda (6), apontaram que em três dias úteis foram exportados 15,3 mil toneladas. Esse resultado apresenta avanço de 107% em relação ao igual período de fevereiro.

Em receita as vendas externas totalizaram US$ 37,2 milhões.

Frango vivo: Demanda patina e cotação cai em Minas Gerais

Por Larissa Albuquerque

A cotação do frango vivo encerrou a semana com viés baixista, contrariando as expectativas da virado do mês.

Para a Scot Consultoria o equilíbrio entre oferta e demanda está mantendo os preços com baixa oscilação.

O apontamento de preço realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, destaca a praça de Minas Gerais que perdeu R$ 0,10 (-3,45%) por quilo de animal vivo comercializado nesta semana. Nas demais regiões o cenário é de estabilidade. (Confira o gráfico).

A expectativa dos analistas era de que os preços pudessem retomar o viés de alta na primeira quinzena de março, onde os pagamentos dos salários costumam impulsionar a venda de carnes no mercado interno.

No atacado o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) apontou em seu levantamento de preço um comportamento distinto entre as cotações praticadas em diversas regiões.

“Se, de um lado, o consumo limitado continua pressionando as cotações em algumas localidades, noutras, o controle na quantidade de aves abatidas no período reduziu os estoques, impulsionando os valores”, indicam pesquisadores do Centro.

Em São Paulo, a valorização da carcaça na semana foi de 5,6%, sendo cotada a R$ 3,80/kg.

Custos

Como fator positivo o setor conta com custos mais baixos neste ano. O ICPFrango/Embrapa encerrou fevereiro com recuo de 3,22% na comparação com o mês anterior. Em 195,80 pontos, o índice da Embrapa ficou abaixo dos 200 pts, voltando ao nível de setembro 2015.

“O custo de produção no Paraná, maior produtor nacional e usado como referência, foi de R$ 2,53 por kg de frango vivo (R$ 0,08 a menos que em janeiro). No ano, o ICPFrango acumula baixa de 6,74%, enquanto nos últimos 12 meses a variação é de -12,99%”, disse a Empresa.

Exportações

As exportações de carne de frango ‘in natura’ seguem em bom ritmo neste mês. Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, divulgados nesta segunda (6), em três dias úteis foram embarcados 58,4 mil toneladas, representando avanço de 16,4% em relação ao mesmo período do mês anterior.

Em receita o saldo é de US$ 103,8 milhões, sendo a tonelada comercializada na média de US$ 1.777,4.

Fonte: Notícias Agrícolas + Scot