Em Chicago, grãos deram continuidade ao movimento positivo e altas são lideradas pela soja ontem

Os futuros dos grãos negociados na Bolsa de Chicago seguem operando em campo positivo na sessão desta sexta-feira (2) e são liderados pela soja. Entre os principais contratos, os ganhos da oleaginosa variavam entre 5,50 e 6 pontos, com o novembro/16 – que é o vencimento mais negociado agora – vinha sendo cotado a US$ 9,49 por bushel. No milho, altas de pouco mais de 2 pontos, com o dezembro/16 cotado a US$ 3,26.

“Os futuros dos grãos ainda atraem algumas recompras de posições nesta sexta-feira. Além disso, o forte uso do milho para o etanol e o bom esmagamento de soja em julho ainda estão sendo processados e também vêm servindo como suporte para os preços”, explica Bryce Knorr, analista de mercado do portal Farm Futures. Além disso, há ainda os traders se posicionando antes do feriado prolongado, já que na próxima segunda-feira (5) o mercado não funciona em função do feriado do Dia do Trabalho nos EUA.

E as informações de demanda têm se mostrado bastante fortes – além de frequentes – nas últimas semanas e acabam travando uma briga interessante com as perspectivas de oferta vinda da nova safra dos Estados Unidos. Segundo explicam analistas, as dúvidas sobre o potencial da nova safra americana começam a ficar cada vez menores, porém, o mercado já teria precificado toda essa oferta que está prestes a chegar dos EUA e busca agora encontrar um equilíbrio neste cenário.

Entretanto, afirmam ainda que os traders aguardam com ansiedade os novos boletins mensais de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) para conferir quais serão os novos índices de produtividade da soja e, principalmente, do milho estimados e se haverá ou não mudanças nos números de área de cultivo no país. Essas mudanças, ainda segundo analistas internacionais, poderiam ficar mais evidentes no reporte de outubro.

Informações de agências e portais internacionais dão conta de que o real tamanho da nova safra de milho dos Estados Unidos está sendo bastante especulado neste momento e a perspectiva de consultorias particulares é de que o rendimento médio esperado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) de 175 bushels por acre não será alcançado, embora essa ainda seja uma grande safra. “O que pode acontecer se o USDA cortar as estimativas de produtividade no boletim do próximo dia 12?”, questionou o analista Joe Lardy, da CHS Hedging em entrevista ao Agrimoney.

Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas