Goianos apostam na raça Brangus e comemoram resultados

Estado conta atualmente com um plantel de cerca de 2,97 mil exemplares registrados segundo a Associação Brasileira de Brangus

Criadores de bovinos de corte que estão apostando no Brangus colhem os resultados positivos desta decisão. No Estado de Goiás, conforme a superintendência de registro genealógico da Associação Brasileira de Brangus (ABB) o plantel é formado por cerca de 2,97 mil animais registrados. A perspectiva é que com os resultados comprovados, os números apresentem crescimento. No Brasil, entre 2015 e 2017, o número de animais registrados cresceu 10% conforme dados da entidade.
Marcelo Aguiar Fasano, titular da Fazenda Poruína, localizada em Serranópolis (GO), lembra que o Projeto Brangus da Poruína iniciou há 18 anos com a finalidade de fazer  cruzamento industrial de grande escala. Com o passar do tempo, foram adquiridos mais touros de vários criadores, principalmente do Rio Grande do Sul, e com isso também foi iniciado um processo de seleção. “A partir deste processo, fizemos algumas campanhas de pista e conquistamos títulos de campeão nacional e regional”, destaca.
Fasano conta que com o passar dos anos a fazenda intensificou a criação pura da raça com finalidade de corte, qualidade de carne, e o projeto continua até hoje. “Temos várias baterias de touros na nova geração e nos últimos 2 anos resolvemos reformular o plantel com novas genéticas. A ideia é aprimorar a seleção porque nesse ano fizemos o primeiro Leilão Brangus da Poruína com a venda de 100% dos animais”, informa.
A fazenda também trabalha com receptoras para embrião. Fasano afirma que está sendo realizado um trabalho forte na genética para fazer um Brangus melhor, com cada vez mais qualidade. “A cada ano que passa, o mercado tem melhorado em questão de agregação de valor. Hoje estão pagando um pouco mais referente à qualidade da carne, da carcaça. Então com o crescimento da procura por um animal de qualidade, a nossa raça só tende a crescer”, acrescenta.
O Brangus, que foi formado para unir a rusticidade das raças zebuínas com características do Angus, como a produção de carne de qualidade, tem entre suas vantagens os partos facilitados, altos pesos no momento da desmama e no sobreano, grande ganho de peso, tanto em pasto como em confinamento, fêmeas de reposição com puberdade precoce, enxertando aos 15 meses, e ainda oferece uma carne suculenta e macia, que atende aos mais exigentes paladares.
Fonte: Rejane Costa/AgroEffective