Pequenos compartimentos nas células vegetais, chamados cloroplastos, abrigam a maquinaria molecular da fotossíntese. Este maquinário é constituído por proteínas que devem ser montadas e mantidas. Condições severas, como luz excessiva, podem empurrar esse mecanismo para o excesso e danificar as proteínas. Quando isso acontece, uma resposta protetora é chamada de resposta proteica desdobrada em cloroplasto (cpUPR).
“Até agora, não se sabia como as células avaliam o equilíbrio de proteínas saudáveis e danificadas no cloroplasto e desencadeiam essa resposta protetora”, diz a coautora sênior Silvia Ramundo, pesquisadora de pós-doutorado no Walter Lab da Universidade da Califórnia, em São Francisco. (UCSF), EUA.
Para saber mais, a equipe da UCSF projetou geneticamente uma alga chamada Chlamydomonas reinhardtii para produzir células fluorescentes em resposta a proteínas de cloroplasto danificadas. Eles então procuraram por mutantes nas células que não fluorescem mais, o que significa que eles não foram capazes de ativar o cpUPR.
Essas experiências levaram a equipe a identificar um gene chamado mutante afetado na sinalização retrógrada (MARS1), essencial para ativar o cpUPR. “É importante ressaltar que descobrimos que as células mutantes no MARS1 são mais sensíveis à luz excessiva, são incapazes de ligar o cpUPR e morrem como resultado”, explica a principal autora Karina Perlaza, uma estudante de pós-graduação no laboratório de Walter. A restauração do MARS1, ou a ativação artificial do cpUPR, protegeu as células das algas dos efeitos nocivos do excesso de luz nas proteínas dos cloroplastos.
Fonte: Agrolink Por Leonardo Gottems
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