Importações de azeite recuaram 20% até julho e somaram 27 mil toneladas, segundo Associação

As importações brasileiras de azeites recuaram 20% de janeiro a julho deste ano sobre o mesmo período do ano passado, segundo dados divulgados semana passada pela Associação Brasileira de Produtores, Importadores e Comerciantes de Azeite de Oliveira (Oliva). O mercado brasileiro comprou 27 mil toneladas de azeite do exterior nos sete primeiros meses deste ano contra 34,5 mil toneladas no mesmo período do ano passado.

De acordo com a Oliva, a queda é reflexo do momento instável vivido pelo Brasil que afetou o poder de compra dos brasileiros e modificou alguns hábitos de consumo. “Mesmo com o cenário atual, o brasileiro não deixou de consumir o produto, porém, passou a comprar menos unidades”, disse a presidente da Oliva, Rita Bassi, em material divulgado pela entidade.

Apesar do movimento de queda, os países árabes aumentaram as suas exportações de azeite para o Brasil de janeiro a julho. Eles enviaram ao mercado nacional 233,7 toneladas, o que significou aumento de 82% sobre os sete primeiros meses do ano passado, segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).

As importações brasileiras do produto com origem no mundo árabe representaram gastos de US$ 959 mil no acumulado ano até julho, mais que o dobro dos US$ 431 mil de iguais meses do ano passado. Quase tudo teve como procedência a Tunísia, país árabe do Norte da África, mas o Líbano também fez vendas.

De acordo com a Oliva, outros mercados mundiais como Rússia e Japão também apresentam queda nas importações, mas países como Austrália, China e Estados Unidos estão comprando mais. A Oliva trabalha na orientação aos consumidores e desenvolvimento do segmento no Brasil e é filiada ao Conselho Oleícola Internacional (COI).

Fonte: ANBA