Índice FAO de preço dos alimentos acumula alta de quase 7% em 2019

Em outubro passado, o Índice FAO de Preços dos Alimentos (FFPI, na sigla em inglês) atingiu a marca dos 172,7 pontos (2002/04 = 100 pontos), resultado que corresponde a uma variação anual próxima de 6% e mensal de 1,74%.

Como esse foi o nono aumento consecutivo do ano (ou seja, vem sendo contínuo desde fevereiro), a variação acumulada em 2019 já se encontra em 6,94%, o que significa que no corrente exercício pode ser superado o índice anual observado em 2017 (8,14%), registrando-se o maior aumento dos alimentos nos últimos sete anos (em cinco desses sete anos a variação anual foi negativa; de 2011 para 2018 a queda acumulada supera os 25%).

Neste ano, dois grupos de alimentos vêm contribuindo de forma incisiva para o aumento registrado. Ou, além das carnes (que ora experimentam demanda antes inesperada por parte da China), também os laticínios. Estes acumularam, até outubro, incremento de preço da ordem de 13%. As carnes registraram variação ligeiramente menor, de 12,5%.

Os cereais, que há pouco mais de 10 anos chegaram a registrar variação de quase 170% em relação a 2002/2004, alcançaram em outubro índice de preço igual a 164 pontos, marca que representa quedas de 1% em relação a outubro de 2018 e de 2,24% no acumulado de 2019. Porém, em comparação ao mês anterior, os cereais apresentaram aumento de 4,23%, comportamento que pode não sofrer reversão, pois – conforme a FAO – a escassez de chuvas dificulta a semeadura da próxima safra, aqui incluso o trigo na União Europeia e o milho na América do Sul.

Fonte: Avisite