Indústria química registra queda na produção e na receita

O presidente do Conselho Diretor da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), Marcos De Marchi afirmou que o setor acabou registrando queda em termos de produção e também de receita. Além das dificuldades específicas do setor, que é obrigado a pagar pelo gás natural três a quatro vezes mais do que os concorrentes americanos e o dobro dos europeus, o “Custo Brasil” também afeta as empresas brasileiras.

De acordo com ele, é possível que a indústria consiga se tornar mais competitiva a partir do programa Novo Mercado de Gás, que deverá criar condições para o setor ter acesso ao gás natural a preços competitivos em linha com o praticado no mercado externo. “Ações conjuntas dos poderes executivo e legislativo que incluem as reformas estruturais, os acordos comerciais, a criação das Mesas Executivas da Química, de base e especialidades, pelo Ministério da Economia, ajudam a criar uma perspectiva positiva para os próximos anos”, diz a Abiquim.

“Sabemos do problema do ‘Custo Brasil’ e a ideia é mapear esses valores e fazer um programa contínuo para solucioná-los. São 500 anos de acúmulo de distorções, o País tem um custo muito elevado e todos temos o propósito de virar essa página”, declarou o secretário do Desenvolvimento da Indústria, Comércio, Serviços e Inovação do Ministério da Economia, Caio Megale, a uma plateia de 550 pessoas, composta por empresários e executivos da indústria química. “Os próximos passos para promover um ambiente mais competitivo são as reformas Tributária, que deixará o pagamento dos tributos mais simples e a Administrativa, que reformulará a administração pública”, completou.

O presidente do BNDES, Gustavo Montezano, explicou que o banco vai “destravar os gargalos necessários para o capital fluir. Neste último tema, o Banco atuará como facilitador para modelar o escoamento do gás e com sua fábrica de projetos para estruturar a privatização das operadoras de gás no Brasil”.

Fonte: Agrolink Por Leonardo Gottems