Infocafé – 01/07

A bolsa de N.Y. finalizou a quarta-feira em alta, a posição setembro oscilou entre a mínima de -1,00 pontos e máxima de +3,65 fechando com +3,00 pts. 

A moeda norte-americana caiu 2,25%, vendida a R$ 5,3171. Apesar da cautela dos investidores diante dos temores de uma segunda onda de contágio por coronavírus, o dia foi marcado por maior otimismo nos mercados, após dados melhores da zona do euro e esperanças de uma recuperação econômica mais rápida. Relatórios divulgados nesta quarta-feira mostraram que a contração da indústria da zona do euro foi mais fraca do que o inicialmente calculado em junho, enquanto a atividade industrial da China cresceu a um ritmo mais forte depois que o governo suspendeu as medidas de restrição do coronavírus. Nos EUA, o relatório de emprego da ADP mostrou criação de 2,369 milhões de vagas no setor privado em junho, abaixo do esperado pelo mercado. É preciso apontar, contudo, que o dado de maio foi revisado de perda de 2,76 milhões de vagas para geração de 3,065 milhões de empregos. A alta da moeda norte-americana em relação ao real tem sido associada por analistas a um cenário de juros baixos e incertezas econômicas e políticas locais. A primeira metade do segundo trimestre — do começo de abril até meados de maio — foi marcada por forte e contínua alta do dólar, que flertou com o recorde histórico nominal perto de R$ 6, diante de acirramento de tensões políticas domésticas e da percepção de que o Banco Central estava minimizando a volatilidade. A partir do meio de maio até início de junho, a melhora do ambiente externo, massivas injeções de liquidez por bancos centrais e uma maior atuação do BC no mercado de câmbio motivaram desmontes de posições compradas em dólar, o que levou a divisa abaixo de R$ 5. Mas a gangorra persistiu e, desde então, o dólar ingressou em novo período ascendente, tendo como pano de fundo volatilidade ainda maior no mercado de câmbio interno. O fluxo cambial ao Brasil também piorou, indicando menor oferta de dólar –portanto, maior pressão sobre a cotação. A projeção do mercado para a taxa de câmbio no fim de 2020 continuou em R$ 5,20, segundo o último boletim Focus do Banco Central. Para o fechamento de 2021, ficou estável em R$ 5 por dólar.

Fonte: Mellão Martini