Infocafé – 07/12

A bolsa de N.Y. finalizou a sexta-feira com baixa, a posição março oscilou entre a máxima +1,05 pontos e mínima de -2,10 fechando com -104,00 acumulando na semana -3,25 pts.

O dólar comercial fechou em alta de 0,39%, cotado a R$ 3,8900, termina a semana com valorização acumulada de 0,89%, a sexta alta semanal consecutiva. Investidores estavam preocupados com um possível aumento nas tensões entre Estados Unidos e China, mesmo após os dois países terem concordado com uma trégua comercial no final de semana. Nesta sexta, a Comissão de Comércio Internacional dos EUA concluiu que os produtores norte-americanos estão sendo prejudicados pela importação de produtos de folha de alumínio comuns da China, o que resultou na fixação de tarifas definitivas sobre os produtos. O impasse entre EUA e China na guerra comercial, um dia depois que o mundo tomou conhecimento da prisão de uma executiva chinesa a pedido dos norte-americanos, ainda deixava os investidores na defensiva. Nos Estados Unidos, a criação de vagas de trabalho veio abaixo do esperado em novembro. O resultado sugere alguma moderação na atividade econômica, o que reforça as expectativas de menos aumentos de juros pelo banco central norte-americano em 2019. Taxas maiores nos EUA podem atrair para lá recursos aplicados hoje em outras economias, como a brasileira. O Banco Central realizou nesta sessão leilão de até 13,8 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de dezembro, no total de US$ 10,373 bilhões. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

A taxa de crescimento do consumo do café vem recuando nos últimos anos, mas ainda é bem positiva. De 2001 a 2006, o consumo de café no mundo subia em média 2,4% ao ano, depois de 2007 a 2011 esse percentual foi a 2,7%, mas caiu para 1,9% de 2012 para cá. A afirmação foi feita pelo analista sênior do Rabobank, Guilherme Morya, que palestrou durante o 26º Encafé (Encontro Nacional das Indústrias de Café), que ocorre de 25 a 29 de novembro no Hotel Enjoy Punta Del Este, em Punta Del Este, no Uruguai. Mesmo reduzindo o ritmo de crescimento, o consumo segue aumentando nos últimos anos entre 3,0 a 3,5 milhões de sacas por ano. O incremento se dá tanto em novos mercados, mas também ocorre em mercados mais “maduros”. Hoje, o Rabobank trabalha com um consumo mundial de 166 a 167 milhões de sacas, e acredita que em 2024 esse número chegará a 180 milhões de sacas. Embora a taxa de crescimento em volume tenha desacelerado, Morya destaca que em valor as taxas só crescem, com mais cafés diferenciados, em cápsulas e com outras formas de preparo.

Segundo a Organização Internacional do Café (OIC), as exportações globais de café somaram 10,41 milhões de sacas em outubro deste ano. Foi um aumento de 17% quando comparado ao ano passado. Os embarques de arábica atingiram 6,762 milhões de sacas no mês de outubro e o de robusta, 3,644 milhões de sacas. Contabilizando até outubro deste ano, as exportações de café arábica chegaram a 77,56 milhões de sacas, enquanto que foram registradas 75,74 milhões no mesmo período do ano passado. Também até outubro, o robusta apresentou aumento, de os 42,77 milhões em 2017 para 45,95 milhões este ano.

Fonte: Mellão Martini