Infocafé – 18/09

A bolsa de N.Y. finalizou a sexta-feira em baixa, a posição dezembro oscilou entre a máxima +1,35 pontos e mínima de -4,75 fechando com -4,50 acumulando na semana -18,95 pts.

A moeda norte-americana subiu 2,83%, cotada a R$ 5,3782. Na semana, o dólar acumulou alta de 0,85%.

A estimativa do consumo mundial de café no ano-cafeeiro 2019-2020 é de 168,39 milhões de sacas de 60kg, o que representa um crescimento de 0,3% em relação ao ano-cafeeiro anterior, que foi de 167,84 milhões de sacas. A demanda crescente no início da pandemia global devido ao maior consumo em casa, agora apresenta uma estabilidade devido à prolongada crise econômica e à lenta recuperação do consumo fora de casa. Com relação à produção mundial, estima-se que o ano-cafeeiro 2019-2020 atinja o volume de 169,34 milhões de sacas, número que representa uma redução de 2,2% se comparado ao ano-cafeeiro anterior. A estimativa é uma redução de 5% na produção de café arábica que deve atingir o volume físico de 96 milhões de sacas, enquanto que para o café robusta a previsão é de um aumento de 1,9%, alcançando 73 milhões de sacas produzidas. Com exceção da Ásia & Oceania onde está previsto um aumento de 2,2% na produção de café, atingindo 50,92 milhões de sacas de 60kg, estão previstas quedas na produção em todas as outras regiões. A África deve ter uma ligeira redução de 0,2% e atingir 18,83 milhões de sacas, enquanto na América Central & México a redução prevista é de 4,6% chegando a 20,73 milhões de sacas. Por fim, na América do Sul, maior região produtora de café do mundo, a queda é estimada em 4,6% com o volume de produção final em torno de 78,87 milhões de sacas de 60kg. Em relação à América do Sul, verifica-se que na Colômbia está previsto um aumento de 1,7% da produção que deve atingir 14,1 milhões de sacas de 60kg, ao passo que no Brasil,  maior produtor mundial, a queda prevista é de 10%, reduzindo o volume de produção para em torno de 58 milhões de sacas de 60kg no ano-safra 2019-2020. O principal motivo dessa forte queda na produção brasileira é a bienalidade negativa do café arábica que deverá ter uma redução de 17,4% e fechar com 37,12 milhões de sacas, já que a produção de café Robusta deve ter um aumento de 3,4% e atingir 20,88 milhões de sacas. Os dados aqui apresentados de performance da produção, consumo e exportação de café constam do Relatório sobre o mercado de Café – agosto 2020, da Organização Internacional do Café – OIC, instituição representativa da cafeicultura mundial da qual o Brasil é país-membro, e que congrega 76 países produtores e consumidores de café, bem como administra o Acordo Internacional do Café, que encontra-se publicado na íntegra no Observatório do Café, do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café. Adicionalmente, vale esclarecer que o ano-cafeeiro da OIC compreende o período de outubro a setembro. Finalmente, com respeito às exportações, o Relatório da OIC informa que as exportações globais de café nos dez primeiros meses do presente ano-cafeeiro foram de 106,59 milhões de sacas de 60kg, volume que representa uma redução 5,3% se comparado com o mesmo período do ano passado.

Fonte: Mellão Martini