Infocafé – 24/09

A bolsa de N.Y finalizou a segunda-feira em baixa, a posição dezembro oscilou entre a máxima de +0,20  pontos e mínima de -2,05 fechando com -1,40 pts.

O dólar comercial fechou em alta de 1%,cotado a R$ 4,0880. O mercado segue afetado pelos desdobramentos da campanha eleitoral para a Presidência, com os investidores atentos à divulgação de pesquisas de intenção de voto. Na noite desta segunda-feira está prevista uma nova divulgação do Ibope. Na semana passada, o Datafolha mostrou o deputado Jair Bolsonaro (PSL) na liderança, e Fernando Haddad (PT) tecnicamente empatado com Ciro Gomes (PDT) no primeiro turno. No cenário externo, o dólar se desvalorizava em relação às moedas de vários países emergentes, em dia de aumento do preço do petróleo e tendo como pano de fundo a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China. O Banco Central ofertou e vendeu integralmente 10,9 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando US$ 8,175 bilhões do total de US$ 9,801 bilhões que vencem em outubro. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

O boletim da Somar Meteorologia indica que a primeira semana da Primavera começa com muita chuva no Rio Grande do Sul, mas com tempo seco e quente entre o norte do Paraná e toda a Região Sudeste. Em Rondônia a chance de chuva é muito pequena também. A partir do meio da semana, volta a chover no Arábica e no Conilon, entre Paraná e Sudeste, mas na forma de pancadas rápidas, isoladas e preferencialmente nos finais de tarde, algo comum para época do ano. O calor vai continuar nestas regiões mesmo com a volta da chuva. Durante pelo menos estes próximos 15 dias, a chuva fica concentrada na Região Sul, sobretudo no Rio Grande do Sul, onde serão registrados os maiores acumulados. Já no Sudeste a chuva fica mais isolada e com menores acumulados, além disso com temperaturas mais altas.

O Conselho Nacional do Café (CNC) apurou, na última semana, junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que o volume de recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) repassado aos agentes financeiros, com data de referência de 17 de setembro, atingiu R$ 2,994 bilhões, representando 60,4% do total de R$ 4,960 bilhões aprovados para a safra 2018 e 66,4% do volume contratado pelas instituições até o momento. Do montante recebido pelos agentes, R$ 1,263 bilhão foi destinado para a linha de Estocagem; R$ 636,6 milhões ao Financiamento para Aquisição de Café (FAC); R$ 557,5 milhões para Custeio; e R$ 536,9 milhões para as linhas de Capital de Giro (R$ 250,6 milhões para Cooperativas de Produção, R$ 156,3 milhões para Indústrias de Torrefação e R$ 130 milhões para o setor de Solúvel). Mantendo a opinião de que as cooperativas de crédito e bancos cooperativos são essenciais para ampliar a capilaridade dos recursos a cafeicultores e cooperativas de produção, o presidente do CNC, Silas Brasileiro, destaca que o volume de capital destinado a essas instituições vem crescendo anualmente. “Neste ano, as creds já contrataram R$ 1,040 bilhão, tendo recebido quase 70% desse total, ou R$ 673,1 milhões”, finaliza. Fonte: CNC.

Com a queda do preço do café no mercado internacional, alguns países exportadores defenderam que seja estipulado um preço mínimo para a saca que cubra ao menos os gastos com a produção. Eles se reuniram na última semana durante o Conselho Internacional do Café, em Londres. O preço da saca caiu 15% em agosto, na comparação com o mês passado, para US$ 138, na média. A delegação colombiana, por exemplo, pediu um valor justo para que não haja uma “política de força” e alegou não querer formar cartel ou diminuir a oferta de café e, por isso, defendeu o diálogo. Já o Brasil acha que a flutuação de preços tem funcionado. Nelson Carvalhaes, presidente do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), lembra que houve 4 anos de bons preços no mercado antes da baixa atual e defende que os países produtores façam investimentos para se tornarem mais competitivos. “O Brasil hoje exporta para 130 países, aumentou seu consumo interno e a produção, e investe muito. Trabalhamos há 30 anos com resultados fantásticos”, diz. O Brasil é o principal exportador de café e deve vender 34 milhões de sacas em 2018, cerca de um terço de tudo o que o mundo produz.

Fonte: Mellão Martini