Infocafé de 20/05/19

N.Y. finalizou a segunda-feira em alta, a posição julho atingiu a máxima de +1,55 pontos fechando com +0,90 pts.

O dólar comercial fechou praticamente estável, com leve alta de 0,07%, cotado a R$ 4,1050. O mercado buscava sinais de alguma melhora na articulação política do governo para aprovar a reforma da Previdência. Após deixar uma reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, o relator da proposta na comissão especial, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), afirmou que deve apresentar seu parecer até 15 de junho.

Ele também disse que o texto base é o enviado pelo governo ao Congresso Nacional, e que a economia esperada ficará em torno de R$ 1 trilhão. As declarações foram dadas após o presidente da comissão, Marcelo Ramos (PR-AM), indicar que o relator poderia abandonar a proposta do governo e apresentar um relatório com um texto totalmente diferente do enviado ao Congresso.

As exportações brasileiras de café solúvel cresceram 1,15% no primeiro quadrimestre, com o embarque de um volume equivalente a 1,159 milhão de sacas de 60 quilos. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics), a receita com as vendas no período somou US$ 169,4 milhões. Em nota, o diretor de Relações Institucionais da Abics, Aguinaldo Lima, disse que o resultado no ano é tímido ante a previsão de crescimento de 5% nos 12 meses, mas as indústrias acreditam em melhor desempenho no segundo semestre. “Conforme os associados da Abics, essa pequena estagnação nos volumes se dá, em parte, pelos baixos preços do café nos mercados nacional e internacional, que afetam produtores e a própria indústria de solúvel”, disse Lima na nota.

“As reduzidas margens de lucratividade ressaltam os problemas de competitividade do produto brasileiro.” Segundo ele, outro fator que diminuiu a competitividade do setor é a cumulatividade do ICMS recolhido sobre o café em grão comprado fora do Estado sede da indústria. A Abics destaca que a maioria das fábricas de solúvel tem base em São Paulo e Paraná e, por exportarem 85% do que produzem, não conseguem utilizar os créditos do imposto originados da aquisição da matéria-prima, predominantemente cafés conilon/robusta, adquiridos em Rondônia, Espírito Santo e Bahia. “Trata-se de uma séria distorção tributária, que é agravada pela situação financeira dos Estados que têm que emitir os créditos desses tributos, uma vez que as exportações são desoneradas por lei, e pelo impasse não resolvido da Lei Kandir. Essa situação somente será solucionada com uma ampla reforma tributária”, analisa Lima.

A Abics estima que, atualmente, o montante de valores que envolvem o ICMS em créditos a receber e créditos a serem reconhecidos ultrapassam a soma dos R$ 400 milhões. “Indiretamente, o setor está exportando impostos, por isso a Abics revela que ganhos de competitividade e aumentos significativos de exportações poderiam acontecer caso não existissem os impactos danosos desse imposto”, argumenta. Destinos – No primeiro quadrimestre, a maior parte do café solúvel exportado pelo Brasil foi para os Estados Unidos, que adquiriram 187.837 sacas, ou 3,38% menos que de janeiro a abril de 2018. Na sequência, vêm Rússia, com 135.118 sacas (+10,38%); Mianmar, 82.392 sacas (+115%); Japão, com 74.952 sacas (-23,61%); e Indonésia, com 73.665 sacas (-1,48%).

Fonte: Mellão Martins Negócios em Café