Insetos selvagens envelhecem antes de morrer

“Há uma grande questão na biologia sobre por que nos desmoronamos à medida que envelhecemos”

Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Exeter, na Inglaterra, indicou que alguns insetos selvagens, como os grilos de campo, cuja vida adulta dura algumas semanas, experimentam “envelhecimento” no sentido de deterioração física na natureza. Os insetos são usados para estudar o envelhecimento em laboratórios, mas não ficou claro se eles só atingem a “velhice” porque estão protegidos de um ambiente natural severo.

De acordo com o principal autor Dr. Rolando Rodriguez-Muñoz, do Centro de Ecologia e Conservação do campus de Penryn, da Universidade de Exeter, na Cornualha, o envelhecimento é parecido com o dos seres humanos. “Apesar de não termos encontrado evidências de ‘viva rápido, morra jovem’ nesta espécie, aqueles que colocaram mais energia na reprodução em tenra idade mostraram alguns sinais de um declínio mais rápido à medida que envelheciam”, comenta.

Nesse cenário, os pesquisadores da Universidade de Exeter usaram uma rede de mais de 130 câmeras de vídeo para estudar cada hora da vida de uma população de grilos selvagens em uma lavoura na Espanha. Além disso, eles supervisionaram o esforço reprodutivo, envelhecimento e sobrevivência durante um período de dez anos.

Para o professor Tom Tregenza, também da Universidade de Exeter, os grilos que mais investiram em reprodução mostraram sinais de “envelhecimento, rangendo menos e perdendo mais brigas”. “Há uma grande questão na biologia sobre por que nos desmoronamos à medida que envelhecemos. No passado, pensava-se que havia algo inevitável no declínio com a idade. Mas houve uma mudança em direção à crença de que isso é algo para o qual evoluímos”, comenta.

Fonte: Agrolink Por Leonado Gottems