Mariposa pode mudar relógio biológico

Uma equipe de biólogos liderada pela Universidade Tufts, nos Estados Unidos, encontrou dois genes que podem permitir que algumas espécies de insetos sobrevivam às mudanças climáticas ajustando seus relógios biológicos anuais enquanto outros sucumbem. A capacidade de sincronizar transições comportamentais, morfológicas e outras com as estações do ano é parte integrante do ciclo de vida da maioria dos insetos.

No estudo publicado na Current Biology, os pesquisadores analisaram a traça europeia da broca de milho ( Ostrinia nubilalis ) e identificaram variações em dois genes circadianos que permitem que diferentes populações da mariposa adaptem suas transições a mais ou menos tempo nos invernos. A duração do inverno deverá diminuir em um mês no próximo século e, como as mudanças climáticas já estão em andamento, muitas espécies de insetos estão experimentando efeitos profundos.

Em alguns casos, as mudanças climáticas contribuíram para a extensa gama de pragas de insetos, como a mariposa Ostrinia e as moscas-das-lanternas, e em outros casos, os polinizadores benéficos diminuíram. Os autores do estudo observaram que, apesar da importância dos ritmos circanuais para a capacidade dos insetos de se adaptarem aos ambientes em rápida mudança, pouco se sabe sobre os mecanismos subjacentes a esse fenômeno.

“Agora podemos começar a olhar para esses genes em outros insetos, para ver como a variação pode estar ligada a mudanças no tempo em que ficam adormecidas antes do inverno e quando ‘acordam’ na primavera”, disse Genevieve Kozak, primeira autora do estudo, que foi o assunto de seu trabalho de pós-doutorado no Departamento de Biologia da Universidade Tufts. “Ao conhecer um pouco sobre as proteínas que esses genes codificam, podemos começar a conectar mecanismos.

Fonte: Agrolink Por Leonardo Gottems

Crédito: Pixabay