Mercado do farelo de soja segue fraco com a menor demanda

O esmagamento de soja no combinado de Argentina, Brasil e os EUA registrou recuo em setembro para 10 M de tons, queda de 4% m/m. Pelo lado da oferta, a queda se dá pela falta de produto no Brasil e ausência de vendas de produtores na Argentina. Já pelo lado da demanda, a queda no esmagamento se dá pelo pequeno programa de exportação na América do Sul nesse momento e pelo fraco início de temporada nos EUA. Pontos que explicam a fraca demanda:

Concorrência do farelo com produtos substitutos como o DDG. Após a imposição da tarifa anti-dumping de 33.8% sobre o preço do DDG importado pela China, o DDG americano mergulhou mais de 20%. Hoje o ponto de proteína do DDG nos EUA custa metade comparado ao farelo de soja.
Maior utilização de trigo ração na substituição do milho, reduzindo a necessidade de proteína na formulação.

Além desses pontos, agrava o problema o aumento dos programas de biodiesel no Brasil, Argentina e nos EUA. Nos EUA, dados de produção de biodiesel em agosto mostram crescimento de 19% na produção de biodiesel no acumulado do ano para 3.34 M de tons. Na Argentina o quadro se repete, com aumento de produção no ano, a produção pode crescer 800 mil tons para 2.6 M de tons. Já no Brasil, o B7 vai na mesma direção. Na maior parte dos casos, as indústrias repassam a melhor remuneração, quando há, para a compra da matéria prima. A consequência imediata é o aumento do volume de farelo e pressão nos prêmios.

Em outubro os basis do farelo no Brasil recuaram 18 dóares por tonelada , 15 dólares na Argentina e 5 dólares nos EUA.

Fonte: Blog Agrinvest