Milho tem manhã de 5ª feira com leves altas na Bolsa de Chicago e busca retomada

Nesta quinta-feira, 1º de setembro, o mercado do milho iniciou setembro atuando em campo positivo na Bolsa de Chicago. Os futuros do cereal, por volta das 8h10 (horário de Brasília), subiam entre 3,50 e 3,75 pontos e busca tentar se recuperar depois de alguns pregões de baixa. O contrato setembro, assim, era cotado a US$ 3,05 por bushel, enquanto o dezembro valia US$ 3,18.

O foco permanece, segundo explicam analistas internacionais, na nova safra dos Estados Unidos, a qual já deverá começar a ser colhida nos principais estados produtores já nos próximos dias. Entretanto, analistas internacionais acreditam em um potencial de retomada dos preços frente à especulações sobre o real tamanho da produção americana. Para alguns produtores norte-americanos, a produtividade média esperada pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) de 175 bushels por acre, algo próximo de 185 sacas por hectare, não deverá ser alcançado.

Ainda nesta quinta-feira, o mercado espera também pelos números do novo boletim semanal de vendas para exportação, o qual também será reportado pelo USDA e, encontrando suporte na demanda nas últimas semanas, os dados poderão dar algum direcionamento às cotações do grão na CBOT.

Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:

Milho: Com suporte da demanda, mercado testa reação e fecha pregão em campo misto na CBOT

Por Fernanda Custódio

Após 8 dias seguidos de queda, os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram o pregão desta quarta-feira (31) em terreno misto. As primeiras posições do cereal exibiram quedas entre 0,25 e 2,50 pontos. O vencimento dezembro/16 era cotado a US$ 3,15 por bushel. Já os contratos mais longos fecharam o dia com leve valorização, de 0,25 pontos. O maio/17 finalizou a sessão a US$ 3,33 por bushel.

As cotações da commodity até esboçaram uma reação ao longo do dia, com o suporte vindo do lado da demanda. Ainda nesta quarta-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciou a venda de 275 mil toneladas de milho para o México, com entrega na temporada 2015/16.

Porém, a perspectiva de uma grande safra nos Estados Unidos em meio às boas condições das lavouras do cereal permanece como um fator de pressão aos preços do milho. Até o último domingo, em torno de 75% das lavouras ainda apresentavam boas ou excelentes condições, conforme destacou o departamento americano em seu último boletim de acompanhamento de safras.

Diante desse quadro, a estimativa é que sejam colhidas mais de 384 milhões de toneladas de milho nesta temporada. Além disso, os agências internacionais ainda reforçam que a recente alta do dólar tem ajudado a pressionar as cotações do cereal, uma vez que acaba encarecendo o produto norte-americano.

“A colheita deverá começar a ganhar ritmo em duas semanas no Meio-Oeste dos EUA e já pode estar em curso em algumas localidades, especialmente no sul do cinturão produtor. O espaço para armazenar o produto será apertado e o mercado também irá observar esse fator”, pondera o editor e analista do portal Farm Futures, Bob Burgdorfer.

Mercado brasileiro

Na BM&F Bovespa, as cotações futuras do milho voltaram a recuar no pregão desta quarta-feira (31). Os vencimentos do cereal finalizaram o dia com perdas entre 0,13% e 2,54%. O contrato setembro/16, referência para a safrinha, finalizou o dia a R$ 40,45 a saca. Já o novembro/16 era cotado a R$ 40,50 a saca e o março/17 a R$ 38,95 a saca.

Além da influência de Chicago, os preços do cereal também refletem o movimento do câmbio. Hoje, perto das 16h20 (horário de Brasília), a moeda norte-americana era cotada a R$ 3,2228 na venda, com queda de 0,53%. Segundo o site G1, a movimentação é decorrente da aprovação no impeachment de Dilma Rousseff pelo Senado.

No mercado doméstico, as cotações também recuaram, segundo levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas. Em Assis (SP), o valor caiu 18,61%, com a saca do cereal a R$ 34,19. Já em Avaré (SP), a queda foi de 18,50%, com a saca do milho a R$ 32,24. Ainda em São Paulo, na região de Araçatuba, a cotação cedeu 12,51%, com a saca a R$ 34,19.

Em Cascavel (PR), o preço recuou 3,13%, com saca a R$ 31,00. Na região de São Gabriel do Oeste (MS), o valor caiu 1,52%, com a saca a R$ 32,50. Já em Sorriso (MT), o valor subiu 3,70%, com saca a R$ 28,00, já no Oeste da Bahia, a ata foi de 1,03% e a saca a R$ 49,00.

Os analistas ainda ponderam que, nesse momento, as negociações com o cereal caminham lentamente. Isso porque, os compradores ainda aguardam a chegada das importações.

Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas