MT: população cresce devido ao agronegócio

Um panorama do desenvolvimento de Mato Grosso foi apresentado, na última quarta feira, em Cuiabá, na reunião da Câmara Setorial Temática para Estabelecer Estratégia da Agronomia e da Engenharia para o Desenvolvimento Sustentável de Mato Grosso, da Assembleia Legislativa e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (CREA) Os dados da secretaria estadual de Desenvolvimento Econômico (Sedec) mostram que o Estado representa 10,6% do território nacional e tem uma população de mais de 3,4 milhões de habitantes. E o crescimento populacional continua – de 2000 a 2018 houve aumento de 37,39%.

Mas, apesar de poucas pessoas, Mato Grosso tem um PIB per capita 23% superior à média brasileira, o quarto no ranking nacional.“É interessante verificarmos que 9,31% dos municípios com PIB per capita acima de R$ 50 mil concentram-se no Estado. O agronegócio é a atividade principal de todos esses municípios”, explicou Walter Valverde, secretário adjunto de Investimentos e Agronegócio da secretaria.

Mais de 62% da área do Estado é preservada e o Índice de Desenvolvimento Humano de Mato Grosso teve crescimento 9,8% superior ao do Brasil entre 2000 e 2010. Há nove anos, o IDHM era de 0,725, representando 99,72% o índice nacional e superior 20,63% ao do início deste século. “Nossa pauta é o desenvolvimento sustentável de Mato Grosso, tanto o social quanto o ambiental”, reforçou Valverde.

Para o conselheiro do CREA e presidente da comissão, Marcelo Capelloto França, já com as primeiras reuniões a câmara está colhendo resultados. “Tenho certeza de que com as informações desta palestra teremos melhores resultados e conseguiremos nortear pessoas que nos procuram solicitando informações e orientações sobre o Estado”, disse.

O procurador da Assembleia Legislativa e relator da câmara, Ricardo Riva, ressaltou que as informações relativas à desconcentração de renda são importantes para a divulgação positiva do Estado. Segundo o levantamento da Sedec, entre 2000 e 2010 a renda apropriada pelos 80% mais pobres teve uma elevação de 20,17%.

A redução do Índice de GINI mostra que a desconcentração de renda é maior que a média brasileira. Entre 2000 e 2010, o Brasil teve seu Índice de GINI reduzido de 0,64 para 0,60. No mesmo período, o índice do Estado decresceu de 0,62 para 0,55. “Vejo que o Estado de Mato Grosso, tanto do ponto de vista econômico, quanto ambiental e agora social, está bem à frente dos outros Estados e em um padrão mundial”, afirmou o procurador.

Foram apontados, durante a reunião, alguns gargalos para a agropecuária do Estado, como a logística e questões como telefonia rural e internet, além da assistência técnica. Representantes de instituições de ensino, como Unemat e Univag, também estavam presentes e frisaram a importância de a pesquisa agronômica estar alinhada com o dia a dia do agricultor para que efetivamente os resultados sejam vistos na prática.

Fonte: Agrolink c/Inf. Assessoria