Nova Zelândia não reavaliará glifosato

“Existem outros que representam um risco maior para a saúde humana e ambiental”

 A agência de proteção ambiental da Nova Zelândia elaborou uma lista contendo quarenta defensivos químicos que irão passar por uma reavaliação e o glifosato acabou ficando de fora. De acordo com Environmental Protection Authority (EPA), os neonicotinóides e o brometo de metila também não serão reavaliados.

O objetivo da lista é reavaliar 40 dos 700 produtos que estão registrados no país para ver quais se enquadram Lei de Substâncias Perigosas e Novos Organismos (HSNO). Os produtos são em maioria e inseticidas, fungicidas e herbicidas utilizados na agricultura, mas a lista também incluiu bromadiolon, brodifacoum e flocoumafen, agentes tóxicos utilizados para matar roedores, o fenthion, um composto orgânico usado para tratar pulgas de animais domésticos e alguns tratamentos de madeira.

Segundo o executivo-chefe da EPA, Alan Freeth, a reavaliação envolverá a revisão das regras aplicadas aos produtos químicos para garantir que seus riscos poderão ser gerenciados com eficácia. Para ele, é de grande importância agilizar os processos de reavaliação para encontrar algum possível problema que não foi identificado anteriormente ou confirmar a segurança dos produtos.

“Às vezes, novas informações podem indicar que um produto químico apresenta mais riscos do que existia, ou que nós sabíamos no momento em que foi originalmente aprovado para uso na Nova Zelândia. Mas quando uma aprovação é concedida para um produto químico a ser usado no país, essa aprovação não expira”, comenta.

Quanto ao glifosato, o ministro do Meio Ambiente, Eugenie Sage, pediu este ano à EPA que considerasse a reavaliação. No entanto, a agência afirmou que o glifosato permanecia seguro quando usado seguindo as instruções do rótulo, algo que era consistente com outros reguladores, mas acrescentou que continuaria a monitorar novos dados.

“Quando comparados diretamente com outros produtos químicos que foram selecionados usando a mesma metodologia e critérios, há um grande número atualmente sendo usado na Nova Zelândia que apresenta um risco maior para a saúde humana e ambiental”, finaliza a agência.

Fonte: Agrolink Por Leonardo Gottems