Segundo ele, “é fácil avaliar pela preocupação desses grandes grupos que apoiam os orgânicos a possibilidade de ampliar a oferta”. Em declaração no podcast da revista Animal Business Brasil, o consultor afirma que “é preciso vontade política por parte dos empresários para o desenvolvimento de tecnologias baseadas nos princípios da agroecologia”. Dessa forma, conclui Ramos, “seria possível atender à demanda de alimentos no mundo com os produtos orgânicos”.
“É perfeitamente factível tecnicamente e comercialmente. Em termos de mercado, é o que o consumidor deseja”, acrescenta o especialista, lembrando que hoje em dia há uma tendência de consumo focada nos alimentos mais saudáveis e sustentáveis, e com maior qualidade.
Além disso, o especialista em orgânicos também informou que a “falta direcionamento estratégico nas políticas públicas e a falta de ética sócio-ambiental e de saúde pública nas empresas privadas que muitas vezes conduzem o modelo de produção de alimentos”.
“Tudo vai depender da escolha do modelo tecnológico a ser seguido. Assim como eu, a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura) também direciona toda a sua produção de alimento para modelos sustentáveis. Gostaria que houvesse mais esforços nessa direção por parte dos responsáveis por políticas públicas e privadas no Brasil”, conclui.
Fonte: Agrolink Por Leonardo Gottems
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