Pavilhão da agricultura familiar fecha Expointer com crescimento de 40% em comercialização

Chegou ao fim a 19ª edição do Pavilhão da Agricultura Familiar na Expointer 2017. O setor foi o que mais se destacou nesta 40ª exposição em crescimento percentual de vendas, com um total de R$ 2,85 milhões até às 13h deste domingo (3). O salto na comercialização foi de 40% em comparação aos nove dias de feira do ano passado. A prova disso, pode ser conferida nos estandes nas últimas horas de feira. Cucas, ovelhas de madeira, queijos coloniais e salames italianos foram alguns dos produtos que esgotaram das prateleiras. O Pavilhão reuniu agroindústrias familiares do RS e de Minas Gerais e recebeu, entre os dias 26 de agosto e 3 de setembro, mais de 305 mil pessoas.

Chão batido e lona preta. Foi assim que a Feira da Agricultura Familiar começou. Os expositores não passavam de 50. Hoje, são mais de 200 expositores que representam a força do setor. Pela importância, se tornou um dos locais mais visitados do evento, com recordes de vendas a cada ano. De acordo com a Brigada Militar da Expointer, mais de 80% do público do evento passam pelo Pavilhão da Agricultura Familiar. Este ano, a Expointer recebeu um público de quase 383 mil pessoas (número contabilizado até às 13h do último dia de evento).

Foi de Maquiné, litoral do Rio Grande do Sul (RS), que o casal Leandro Machado dos Santos, de 46 anos, e Sirlei Portela, de 51 anos, trouxe vários tipos de conservas, todas produzidas pela família, com a marca Doces e Conservas Manzan. Vieram palmitos, azeitonas e legumes diversos, além de doces de abóbora, geleia de morango, entre outras opções. As 26 caixas, cada uma com 15 unidades de conserva cada uma, atendeu os consumidores da feira e superou as expectativas dos expositores. “Essa foi a nossa sétima Expointer, aqui na feira da agricultura familiar, e só podemos dizer que tudo foi muito positivo”, ponderou Leandro.

Segundo Sirlei, boa parte da contribuição veio do formato do pavilhão montado em 2017, com mais espaço entre os corredores. “Percebemos que a organização ficou melhor, com mais circulação, a ideia dos ventiladores foi ótima, ou seja, ficou mais agradável o pavilhão, o que atrai mais pessoas”, observou a agricultora. O clima foi um dos atrativos da edição 2017 da Expointer. Na maioria dos dias, o calor predominou. Os termômetros chegaram a marcar até 38°C, ao contrário de 2016, quando as chuvas e o frio predominaram os dias de exposição.

Segundo o secretário de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo do RS (SDR), Tarcísio Minetto, foi possível reafirmar a importância da agricultura familiar. “Lá no Pavilhão temos um espaço da saudade. Do avô, da avó, das coisas do passado. Estamos recuperando a volta dos bons produtos, dos bons alimentos e temos muito orgulho disso. Vimos muita coisa boa e o que fica, no fim de tudo, é a percepção”, observou Minneto.

O governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, lembrou que a primeira casa de artesanato do Rio Grande do Sul foi aberta em 1988 e está aberta até hoje. “É uma atividade essencialmente familiar e este setor fecha a feira com um saldo muito significativo e positivo”, frisou. Segundo Sartori, a previsão é de que até o fim do ano haja um posicionamento sobre a estrutura do próximo ano. “Teremos novidades quanto ao novo pavilhão da agricultura familiar”, adiantou.

A ideia de ampliar o espaço é para acomodar melhor os empreendimentos. Esta 19ª edição juntou 145 de agroindústrias e 47 famílias de artesanatos rurais, plantas e flores. Envolveu 1.340 famílias de 131 municípios gaúchos, além de seis expositores mineiros, com apoio do Governo Federal, por meio da Sead, e do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Rural e Cooperativismo (SDR) e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RS), além da Fetag-RS, Fetraf-RS e Via Campesina.

Fonte:  PORTAL DO MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO –Camila Costa