Portas da China estão abertas ao Brasil

Diretor Geral do Ministério da Agricultura da China, Dr. Zhang Lubiao, PhD, diz que as “portas da China estão abertas ao Brasil”. A afirmação foi feita durante a 12º Brasil AgrochemShow, realizada na última semana na cidade de São Paulo (SP). Ele fez a primeira palestra do evento, com o tema “Visão geral e perspectivas no Comércio de Produtos Agrícolas entre China e Brasil”.

De acordo com dirigente chinês, as importações do gigante asiático estão em franco crescimento, superando o ritmo das exportações – o que contradiz as afirmações dos Estados Unidos, que impôs tarifas para frear o comércio entre os países por entender que existe desequilíbrio na balança comercial. Isso ocorre, segundo ele, porque o governo chinês mobiliza recursos financeiros e estimula as compras externas.

Dr. Zhang Lubiao destacou o Brasil já responde por 24,1% das compras chinesas, o que é equivalente a US$ 33 bilhões por ano. O país é o principal fornecedor para o gigante asiático, ficando na frente de países como Estados Unidos, com 11,8% e Austrália, com 7,6% das importações.

“Por que importamos tanto? Porque temos o Brasil! É a maior fonte de parceria e comércio agrícola da China”, declarou com bom humor o diretor Geral do Ministério da Agricultura da China em sua palestra. De acordo com ele, esse comércio vem crescendo rapidamente, sendo que no ano de 2018 bateu o recorde de negociações.

O produto brasileiro mais vendido para a China é a soja, com 87,3% do total de negócios entre os países, que inclui ainda carnes, cana-de-açúcar, algodão e outras commodities. No entanto, Dr. Zhang Lubiao afirma que vê potencial para aumentar muito mais esses negócios, bem como diversificar as compras para mais produtos.

“Nós queremos diversificar nossos fornecedores, mas o Brasil continuará sendo o principal parceiro comercial. Nós apoiamos o multilateralismo e rejeitamos o protecionismo”, afirmou a autoridade governamental da China na conclusão de sua palestra, de acordo com portal chinês Agropages.

Fonte: Agrolink Por Leonardo Gottems