Preço do boi casado cai 7% na semana

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agrícola e previsão do tempo para começar o dia bem informado.
O mercado físico do boi gordo teve preços entre estáveis a mais altos nesta quinta-feira, dia 22. O impasse formado entre frigoríficos e pecuaristas segue ditando o ritmo das negociações, tornando-as morosas.
As escalas de abate permanecem encurtadas, posicionadas em média entre dois e três dias úteis. Enquanto isso, o ótimo volume de chuvas no Centro-Norte do país mantém as pastagens em ótimas condições, permitindo a retenção como estratégia recorrente dos criadores.
No atacado, as vendas de carne tiveram fraco desempenho desde a volta do Carnaval. As expectativas dos atacadistas acabaram frustradas, visto que o fluxo para reposição do varejo é lento. De acordo com a XP Investimentos, boa parte das redes varejistas está com bons estoques de carne desossada e o período de final de mês não inspira boas vendas. O interesse que os estoques cresçam ainda mais é pequeno e, desta maneira, a pressão cresce.
O preço do boi casado de bovinos castrados, por exemplo, está cotado em R$ 9,08 o quilo, segundo a Scot Consultoria. Houve uma queda de 7,3% desde o começo da semana, chegando ao menor valor preço desde o início de fevereiro.
Para o curto prazo, se o consumo não reagir, desvalorizações no preço da arroba do boi gordo não estão descartadas, tendo em vista que as indústrias irão se dedicar para recuperar a margem que está diminuindo.
Boi gordo no mercado físico – R$ por arroba (pagamento à vista)
Araçatuba (SP): 146,00
Belo Horizonte (MG): 138,00
Goiânia (GO): 134,00
Dourados (MS): 134,00
Mato Grosso: 128,00 – 132,00
Marabá (PA): 129,00
Rio Grande do Sul (oeste): 4,85 (kg)
Paraná (noroeste): 143,00
Tocantins (norte): 127,00
Fonte: Safras & Mercado, Scot Consultoria e XP Investimentos
Dólar e Ibovespa
Após subir por três pregões consecutivos, o dólar comercial fechou em baixa de 0,42%, a R$ R$ 3,249 para venda, seguindo o movimento da moeda no mercado externo e cedendo à pressão de investidores que embolsaram os ganhos recentes.
Além da depreciação do dólar em escala global, o mercado fez a devolução dos lucros dos últimos dias. E os investidores ficaram menos preocupados com o tom da ata do Federal Reserve (FED), o banco central dos Estados Unidos, indicando um ajuste monetário gradual.
O diretor de câmbio da Correparti, Jefferson Rugik, ressaltou que exportadores venderam dólares para aproveitar a alta recente da moeda e que também houve um fluxo de entrada de investimentos estrangeiros direcionados à bolsa brasileira e a títulos do Tesouro, “o que resultou na cotação mínima do dia”, afirmou.
A alta nos preços do petróleo, que chegaram a subir mais de 2% à tarde, também ajudou a valorizar o real e outras moedas de países emergentes. Os preços dos contratos futuros de petróleo fecharam em alta de mais de 1% após dados do governo dos Estados Unidos mostrarem uma queda inesperada dos estoques
da commodity no país.
O Ibovespa encerrou em alta de 0,74%, aos 86.686 pontos. O volume negociado foi de R$ 11,131 bilhões.
Fonte: Safras & Mercado
Soja
Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços mais baixos. O mercado se posiciona frente ao Fórum Anual do Departamento de Agricultura do Estados Unidos (USDA), que estimou a área de soja americana em 36,42 milhões de hectares, queda de 0,1% em relação ao ano passado, mas dentro do esperado por analistas.
A expectativa de uma ampla safra no Brasil também pesou negativamente no mercado internacional.
Argentina
Nesta quinta, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires reduziu a projeção para a safra de soja 2017/2018 da Argentina em 3 milhões de toneladas, indo para 47 milhões de toneladas. A estimativa é 7 milhões de toneladas inferior à expectativa inicial para esta safra e representa uma queda de 10,5 milhões de toneladas ante a safra 2016/2017.
O órgão acredita, considerando informações climáticas, que o quadro pode se agravar nos próximos dias. Neste ciclo, foram plantados 18 milhões de hectares de soja na Argentina, contra 19,2 milhões de hectares na safra anterior.
Já a Bolsa de Rosário estima uma safra de soja argentina de 46,5 milhões de toneladas.
Brasil
O mercado brasileiro de soja registrou preços e movimentação mista nesta quinta-feira. Nos estados que ainda contam com algum volume em estoque, os negócios rodaram em níveis razoáveis, porém bem inferiores aos do dia anterior.
Já as regiões com volumes menores em estoque, as vendas foram menores. O foco de todos os produtores segue sendo a fixação de preços para a safra nova, aproveitando os bons valores do momento para realizar alguns negócios.
Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) – US$ por bushel
Março/2018: 10,32 (-2,25 cents)
Maio/2018: 10,43 (-2,25 cents)
Soja no mercado físico – R$/saca de 60 kg
Passo Fundo (RS): 72,50
Cascavel (PR): 69,50
Rondonópolis (MT): 65,00
Dourados (MS): 66,00
Porto de Paranaguá (PR): 77,00
Porto de Rio Grande (RS): 77,00
Santos (SP): 77,00
São Francisco do Sul (SC): 77,00
Fonte: Safras & Mercado
Nova York
A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou a quinta-feira com preços mais altos. Depois das perdas dos últimos dias, que levaram as cotações aos patamares mais baixos desde o fim do ano passado, houve recuperação técnica, com o mercado encontrando suporte nos ganhos do petróleo.
O mercado havia rompido a importante linha de US$ 1,20 a libra-peso. Mas, demonstrou que ainda tem esse suporte na sessão desta quinta-feira. Fundamentalmente, há a pressão com a entrada da safra brasileira adiante, com as indicações de clima favorável e que a produção deve realmente ser grande. Mas, o mercado vem encontrando seu fundo nessa linha de US$ 1,20, não conseguindo “afundar” muito além disso.
Londres
A Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres (Liffe) para o café robusta teve uma sessão de preços mais baixos. O mercado foi pressionado por fatores técnicos, e está atento ao movimento vendedor do Vietnã  e Indonésia, especialmente.
Brasil
O mercado brasileiro de café teve uma quinta-feira de preços mais altos. As cotações subiram diante da valorização do arábica na Bolsa de Nova York. Os produtores estão aparecendo um pouco mais para as negociações, assimilando os novos patamares de preços, temendo novas quedas nas cotações.
As negociações envolveram volumes picados, mas houve melhor movimentação em algumas regiões, como na Zona da Mata de Minas Gerais. Já em outras regiões, o produtor dosa a oferta.
Café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) – em cents por libra-peso
Maio/2018: 120,90 (+2,00 pontos)
Julho/2018: 123,00 (+1,85 pontos)
Café robusta na Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres (Liffe) – em US$ por tonelada
Maio/2018: 1.759 (- US$ 7)
Julho/2018: 1.786 (- US$ 7)
Café no mercado físico – R$ por saca de 60 kg
Arábica/bebida boa – Sul de MG: 430-435
Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: 440-445
Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: 390-400
Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): 315-318
Fonte: Safras & Mercado
Milho
Chicago
A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou com preços em alta. O mercado reverteu as perdas registradas mais cedo, acompanhando a boa demanda para o cereal norte-americano, a alta do petróleo e queda do dólar frente a outras moedas correntes.
Os exportadores privados norte-americanos reportaram ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) a venda de 130 mil toneladas de milho para destinos não revelados, com entrega na temporada 2017/2018.
O mercado também repercute a previsão do USDA, em seu Fórum, de que a área de milho nos Estados Unidos possa alcançar 90 milhões de acres na safra 2018/2019, ficando aquém da cultivada na temporada anterior.
Argentina
A Bolsa de Cereais de Buenos Aires reduziu a projeção para a safra de milho 2017/2018 da Argentina em 2 milhões de toneladas, indo para 37 milhões de toneladas. A estimativa é 4 milhões de toneladas inferior à expectativa inicial.
A colheita no país já atinge 2% da área, em nível nacional, com rendimentos abaixo do esperado. Nesta safra, foram plantados 5,4 milhões de hectares de milho na Argentina, contra 5,1 milhões de hectares na safra anterior.
Brasil
O mercado brasileiro de milho teve uma quinta-feira de preços firmes, avançando em algumas regiões mais uma vez. Os consumidores ainda se deparam com estoques encurtados e as cotações vão reagindo à oferta limitada. Os compradores estão com dificuldade em compor seus estoques de maneira adequada.
Além disso, as chuvas seguem travando a colheita da safra de verão e o plantio da safrinha, tornando o cenário do segundo semestre ainda mais imprevisível.
A consultoria Radar Investimentos explica que o preço do milho deve continuar com grande volatilidade nos próximos dias. Isto porque a dificuldade logística e o avanço da colheita nas diferentes regiões produtoras do Centro-Sul tem formado cenários diferentes da disponibilidade de cereal e do abastecimento por parte das granjas e indústrias.
Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) – US$ por bushel
Março/2018:  3,66 (+1,00 cents)
Maio/2018:  3,74 (+0,75 cents)
Milho no mercado físico – R$/saca de 60 kg
Rio Grande do Sul: 33,00
Paraná: 30,00
Campinas (SP): 38,00
Mato Grosso: 18,00
Porto de Santos (SP): 33,00
Porto de Paranaguá (PR): 34,00
São Francisco do Sul (SC): 33,00
Fonte: Safras & Mercado e Radar Investimentos
Previsão do tempo
Sul
A formação de uma nova área de alta pressão atmosférica mantém uma massa de ar seco sobre praticamente toda a região Sul nesta sexta-feira. Apenas numa faixa que vai desde o litoral central do Rio Grande do Sul até o litoral do Paraná, é que a chuva ainda ocorre, mas de forma fraca e com baixos acumulados. Durante a madrugada e o início da manhã, as temperaturas diminuem especialmente na serra, garantindo um amanhecer com sensação de friozinho.
Sudeste
Com o avanço da frente fria até o litoral do Espírito Santo, o tempo ainda segue bastante instável sobre a região Sudeste nesta sexta-feira. Os maiores volume de chuva se concentram entre o norte do Rio de Janeiro, sul do Espírito Santo e leste de Minas Gerais, onde não se descarta o risco para temporais acompanhados por ventos fortes e descargas elétricas.
Apenas no interior e no sul de São Paulo é que a condição para chuvas continua pequena e o tempo firme predomina, sob a influência de uma massa de ar seco que vem do Sul do país.
Centro-Oeste
A formação de uma área de instabilidade no alto da atmosfera e também uma área de baixa pressão atmosférica no leste da Bolívia, mantém nuvens carregadas sobre a região central do país nesta sexta-feira, especialmente no oeste e norte de Mato Grosso, onde o risco para temporais é maior.
Até o fim da noite, a chuva ganha força também no leste de Goiás e há potencial para transtornos como alagamentos e deslizamentos de terra. Por outro lado, uma massa de ar seco que vem do Sul do país mantém o tempo firme na metade sul de Mato Grosso do Sul.
Nordeste
Durante esta sexta-feira a chuva se espalha por todo o Nordeste devido a instabilidades tropicais que seguem atuando, mas com baixos acumulados na maior parte da região. A chuva ocorre de forma mais intensa apenas no Ceará, norte do Piauí e sul do Maranhão entre a tarde a noite, onde não se descarta o risco para transtornos.
Norte
Instabilidades tropicais, comuns nessa época do ano, mantém as nuvens bastante carregadas sobre o Norte do país durante esta sexta-feira. Os maiores volumes de chuva acumulados ainda se concentram no sul do Amazonas. Aumenta o potencial para transtornos como alagamentos e transbordamento dos rios.
Nas demais áreas, a chuva ocorre em forma de pancadas e com acumulados menores. Roraima é o único estado que não há previsão de chuva. O tempo firme mantém as temperaturas elevadas neste estado.
Fonte: Somar Meteorologia
Fonte: Canal Rural