Prêmios da soja sobem mesmo com queda do dólar

Os prêmios da soja no Brasil acabaram subindo, apesar da queda do dólar e também da Bolsa de Chicago, segundo informou o especialista Luiz Fernando Pacheco, analista da T&F Consultoria Agroeconômica. De acordo com ele, a margem do esmagamento da China também influenciou no panorama.

“A margem de esmagamento da China recuou US$ 7 nests quinta feira e amanhã será feriado nacional. Mesmo assim, a demanda continua, tendo comprado de Origem do Brasil com prêmios maiores, a +130 para agosto, cerca de 250 mil toneladas. Os prêmios dos demais meses também se mostraram firmes nesta quinta-feira, dando suporte às altas de 0,53% nos preços da soja nos portos brasileiros, para R$ 81,81/saca, reduzindo as perdas de junho para 0,93%”, informa ele.

Além disso, no interior os preços médios também subiram, mas apenas 0,18%, para 75,92/saca, reduzindo as perdas de junho para 1,57%. “O mercado de Paper de Paranaguá negociou julho a +127 e agosto a + 128. Os prêmios CNF (posto na China) da soja brasileira estão a +215 julho e +220 agosto, enquanto que os da soja argentina estão a +182 e 178 para as mesmas posições e os da soja americana a +163 e +161, respectivamente”, completa o especialista.

“A colheita de soja já atingiu 96,1% da área e, à medida que progride, o rendimento médio nacional continua diminuindo. No final da safra, o desempenho terminaria em 3.360 kg/hectare, 300 kg/ha abaixo da média atual. Até o momento, a região NEA concentra a maior parte da área ainda pendente de colheita, onde as perdas de rendimento e qualidade são agravadas à medida que os trabalhos são atrasados, promovendo o abandono de lotes”, conclui.

Fonte: Agrolink Por Leonardo Gottems